Minha irmã, é atualmente uma orgulhosa avó de três netos: uma menina e dois meninos encantadores: Maya, Harry e Freddie, com 6, 3 e 1 ano e 9 meses, respectivamente.
Na véspera do meu regresso ao Brasil, decidimos levar a Maya pela primeira vez à Londres.
Chegando lá, pegamos o metrô e ela, ajoelhada na poltrona e com as mãos em concha coladas no vidro, tentava ver através da escuridão do túnel "as raízes da árvores, as minhocas, toupeiras e ratos", fazendo-nos rir muito só de imaginar!
Saltamos em South Bank, literalmente embaixo da London Eye na qual ela se recusou a entrar, assustada com o tamanho da engenhoca.
Decidimos passear ao longo da margem do Thames, onde acontece de tudo: estátuas-vivas ficam na mesma posição até que alguém jogue uma moeda quando então agradecem com um aceno de cabeça e assumem uma nova pose, alguns metros à frente, músicos se exibem, um deles tocava bateria e oferecia aos passantes a oportunidade de fazer o mesmo. Depois de alguma hesitação, ela sentou-se no banquinho e arriscou umas batidas e lá se foi mais uma moedinha de uma pequena bolsa que ela trouxera especialmente para isso. Em seguida, uma volta no carrossel.
Dalí fomos almoçar e ela então perguntou "quando veríamos as coisas realmente importantes" da cidade...
Pegamos o metrô novamente, fomos para o outro lado do rio onde ela pode apreciar toda grandiosidade do Big Ben que nos saudou com suas badaladas profundas que arrancam arrepios, e o maravilhoso prédio do Parlamento!
Brincar também é preciso, então fomos até o parque St James, lindo e que eu também não conhecia! Depois de quase duas horas de brincadeiras, minha irmã foi chamá-la para irmos até o Buckingham a poucos metros de onde estávamos, dizendo que era a casa da Rainha e que ela estava em casa pois a bandeira real tremulava ao vento, ao que ela respondeu que não se lembrava de ter pedido para visitá-la, poode?!
Audácia da pilombeta, esnobando a Rainha daquele jeito!!!
Para mim, foi uma das mais belas visões que tive daquele Palácio: iluminado pelo sol do final da tarde, livre da multidão que normalmente se aglomera à sua frente para assistir a troca da guarda, parecia saído de um conto de fadas!