sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Conhecendo pessoas

Tenho muita facilidade em me relacionar com as pessoas por isso acho estranho quando encontro um ambiente se não hostil, com um ar de competição, principalmente quando se trata de mulheres. Não há homens nessa turma de hidroginástica. 
Sem conhecer ninguém, cumprimentei sorrindo quem já lá se encontrava e imediatamente me senti olhada da cabeça aos pés, nada vantajoso para mim pois estou literalmente fora de forma, melhor dizendo, sem forma... Meu "bom-dia" foi respondido meio entredentes, nada cordial e uma delas levantou uma sobrancelha. Fiquei na minha. O papo interrompido pela minha chegada, continuou como se eu alí não estivesse, tudo bem, tô nem aí, fui lá para cuidar da minha saúde.
Na piscina, a coisa não melhorou muito. Aparentemente, existe uma espécie de acordo tácito com relação ao espaço que cada uma deverá ocupar dentro d'água e quando me dei conta, estava no final da piscina. Parecia involuntário, provocado pelos movimentos, não fosse o fato da tal da sobrancelha levantada, volta-e-meia olhar para trás, com um ar de dona do pedaço e eu a encarei séria. O que ela não sabe é que me fez um favor, a piscina é mais funda na parte da frente, se eu ficasse lá acabaría bebendo água... ;-D
Acredito que com o tempo, a situação melhore, afinal aconteceu a mesma coisa da outra vez quando fiz hidroginástica há zorentos anos, nessa mesma academia. Péraí, não é masoquismo, é só comodismo, o lugar é bem próximo da minha casa, o que evita que eu deixe de ir às aulas por causa da distância! 
Viu, tem sempre um lado bom...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Na academia

Finalmente de posse do tal atestado, cheia de gás, fui ontem à primeira aula de hidroginástica depois de no minimo 6 anos, entrei na piscina e fiz 40' ininterruptos de exercício, no rítmo martelado de uma música  de discoteca, (isso ainda existe?), depois o relaxamento e ato contínuo, saí da água como se estivesse atrasada para um compromisso!
Inacreditável! Ao subir o primeiro degrau, tive a impressão de que estava carregando a piscina comigo: um peso enorme, da cintura para baixo, quase me impediu de continuar!
Assustada, achando que algo mais sério acontecera, saí lentamente e meio que me arrastei para o vestiário mas à medida que caminhava, aquela sensação esquisita foi passando, não tinha dor no corpo e o coração sequer mudou o rítmo mas fiquei preocupada. Liguei para o médico, que me disse para pegar leve, que era só cansaço pelo esforço excessivo depois de tanto tempo de inatividade.  :-{       
Hoje, acordei cedo e fui para a academia fazer uma aula experimental de Pilates do qual já ouvira maravilhas. O fisioterapeuta então mostrou quão baixo estava o meu condicionamento físico, em todos o segmentos. Claro, aquele tempo todo parada, cobrou um pedágio alto, com menos de 10' de respiração correta combinada com  determinados movimentos, eu estava suando e ofegante e ele disse que eu preciso de um programa bem adequado ao meu atual preparo físico, isto é, nenhum... = (   ... tava pensando que seria fácil? 
Quer moleza, minha filha, senta no pudim, do qual, aliás, preciso manter distância, rê,rê,rê...

Recuperando a forma (tentando...) ;-)

Nunca fui uma sílfide porém jamais estive tão distante da minha forma ideal quanto agora....
Adorava as aulas de ginástica no colégio e, ao terminar o Ginasial com a idéia louca de parar de estudar, só o fato de precisar do 2º grau para fazer o vestibular e cursar Educação Física, me fez desistir.
O 1º grau só me permitiria ser massagista, nada contra, pelo amor de Deus! 
Mudei totalmente o meu foco, completei o Clássico e fui fazer a faculdade de Filosofia na PUC que não terminei para seguir outra carreira: esposa e mãe. 
Naquele tempo, com a correria para dar conta do recado, fazia 100m rasos fácil, fácil, com direito a "sprint", se necessário...
Filhos criados e mais tarde dona e senhora de mim mesma, meus dias eram curtos para tantas atividades: hidroginástica, caminhadas no Aterro, coral, cursos de decoração de bolos, inglês, uma loucura!
Vida estabilizada, aos poucos fui diminuindo meu rítmo e dediquei-me ao meu passatempo predileto, viajar, coisa que venho fazendo regularmente. Com isso deixei de me exercitar, e quando não estou correndo o mundo, passo muito tempo sentada, fazendo minhas flores ou assistindo tv...(tsc), sem falar no computador, também um tanto responsável pelo meu sedentarismo.
Sempre estive às voltas com dietas, conheço todas, emagrecia mas logo voltava a engordar, e ultimamente desatei a comer muito mais do que antes, resultado, junto com a falta de exercícios físicos, meu peso foi para a estratosfera.  
Entrei num círculo vicioso, precisava de atestado médico para procurar uma academia, o consultório do cardiologista é na Barra da Tijuca, longe pra dedéu, sem um exame clínico-radiológico-laboratorial, nada de atestado, e o tempo passando e eu só ganhando peso! A falta de atividade física e principalmente de objetivos, me levaram à inércia, a preguiça tomou conta, noites mal-dormidas me faziam cochilar assim que me sentava, sem falar na canseira ao menor esforço, assustador!!!
Decidi me mexer e, com o empurrão da minha terapeuta, a gente não acredita em santo de casa, né, fui ao médico e o resultado dos exames de sangue solicitados, mostrou um quadro preocupante de taxas de glicose e ácido úrico acima do normal o que me fez procurar uma endocrinologista que, por sua vez, me encaminhou a uma nutricionista.
Felizmente ainda há esperança, emagrecendo, essas taxas provavelmente voltarão à normalidade. Estou firme na nova atitude, e isso é muito importante.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entardecer

A correria, a falta de tempo, a necessidade de às vezes precisar fazer mil coisas de uma vez, nos roubam a oportunidade de aproveitar o entardecer na primavera, coisa que tive o privilégio de apreciar outro dia, ao tomar um táxi e pedir ao motorista que me levasse ao Leblon pela orla, estou cansada de bancar o tatu deslocando-me de um lado para o outro por baixo da terra! 
Rápido e eficiente que seja, o metrô acaba por nos privar desse espetáculo maravilhoso da natureza! 
O Aterro, muito verde devido às últimas chuvas, exibia além da vegetação luxuriante, a floração exuberante de um grupo de palmeiras que, segundo informação de uma amiga que trabalha em projetos urbanísticos, só acontece uma vez a cada 70 anos, após o que a planta seca, portanto quem não viu, dançou...
O céu, ainda muito claro naquele final de tarde, filtrava a luz do sol através da folhagem, simplesmente glorioso! 
Botafogo, Copacabana, pessoas aproveitando o horário de verão para lagartear depois de um dia de trabalho. 
A caminho de Ipanema, quase ficamos cegos: o sol, já mais baixo no horizonte e ofuscante como um holofote, fazia com que as árvores ao longo do corredor da rua Rainha Elisabeth, parecessem negras. 
Literalmente perdi o fôlego quando chegamos à praia: uma luz dourada banhava as areias, o mar e o Morro Dois Irmãos! Tinha gente fotografando e eu tive vontade de saltar do carro e aplaudir!
Que Deus abençoe e conserve esta Cidade Maravilhosa que às vezes me parece mulher de malandro...