segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Camaradagem

É muito importante quando se viaja em grupo, "entrar no espírito da coisa", afinal serão vários dias juntos e as pessoas são muito diferentes. Há aquelas com quem você imediatamente se relaciona, seja pela personalidade ou afinidade mesmo pois muitas vezes, em questão de horas, fica-se com a impressão de ter conhecido a pessoa a vida toda, e outras que também por um motivo ou outro, não se aproximam e acabam passando despercebidas.
Lena e eu, começamos nos sentando nos primeiros bancos do ônibus para prestar atenção nas explicações do guia local e aos poucos fomos nos afastando para o fundo onde tava a "cozinha", isto é, onde o papo corria solto, muito animado, às vezes até o nosso guia da excursão se juntava a nós! Ríamos por qualquer motivo e depois de um certo tempo, já nem escutávamos mais as explicações!
Havia uma companheira com quem todo mundo brincava, pois tava sempre atrasada e nós nunca saíamos sem primeiro todo mundo gritar: "Cadê a MH!!!" E ela sempre respondia de um lugar diferente pois estava sempre trocando de lado. Um dia, quando voltávamos de Toledo, pergunta daqui e dali, e CADÊ ELA!!! Foi aquele susto: ela se perdera do grupo! PÂNICO! 
Desde o princípio fora avisado que quem não estivesse dentro do ônibus na hora da saída, seria deixado para trás. Parece exagero, mas pensando bem, era a única maneira de manter reunido um grupo de trinta pessoas adultas, a maioria já tendo dobrado o Cabo da Boa Esperança há longo tempo, portanto cada um com idéias próprias... Naquela hora vimos que a tínhamos perdido e o motorista precisava cumprir um roteiro, não havia como voltar, o que fazer?
Seguimos viagem e pela primeira vez, o silêncio era total, tava todo mundo preocupado. De repente, o motorista freiou bruscamente pois um carro estava quase atravessado na rodovia. Dele saltou a nossa companheira que ao ver o ônibus sair sem ela, teve a presença de espírito de pegar um táxi, dizer "siga aquele ônibus", não sei como pois não conseguia falar uma palavra em outro idioma que não o nosso, o cara conseguiu nos ultrapassar e com uma "fechada" de mestre, deteve o nosso ônibus!
Foi aquela farra e depois uma gozação sem fim que ela felizmente levou numa boa...

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