sábado, 20 de agosto de 2011

A caminho de Jerusalém



Continuamos nossa viagem em direção à Jerusalém, passando por Jericó, no limite com a Jordânia e a Palestina. A paisagem é dramática, quase lunar, um deserto árido e pedregoso por onde Jesus caminhou. Nas montanhas há um marco do lugar onde Ele passou 40 dias sendo tentado por Satanás. A menção de tal fato, propiciou uma pérola: "Jesus foi um tri-atleta", disse alguém e eu só perguntei em quais modalidades, for God's sake?!
De vez em quando, um oásis, cheio de tamareiras, cujos frutos frescos constituem um dos principais alimentos dos beduínos que por ali vagueiam, aliás, elas são deliciosas, carnudas e suculentas, tem alto valor proteico, açúcar, fibras e ainda matam a sede! Tive oportunidade de comê-las no almoço num restaurante à beira da estrada que constou de tilápia assada na brasa, batatas e tâmaras frescas de sobremesa, maravilha!
TAMAREIRAS
Mais algum tempo de viagem e chegamos a Qumram onde viveram os Essênios, um grupo de judeus separatistas, cujos membros formaram uma comunidade monástica ascética que se isolou no deserto. Consta a existência de cerca de 4000 membros espalhados por aldeias e povoações rurais. 
MANUSCRITOS DO MAR MORTO
CERÂMICA
Vestiam-se sempre de branco, acreditavam em milagres pela mão, aboliam a propriedade privada, eram vegetarianos, não se casavam, tomavam banho antes das refeições cuja comida era sujeita a regras de purificação. Não tinham amos nem escravos, os sacerdotes ocupavam o topo da ordem.
Qumran tornou-se conhecida pelos manuscritos em pergaminhos que levam seu nome, também chamados Pergaminhos do Mar Morto ou Manuscritos do Mar Morto. Os Essênios foram os precursores do Cristianismo, pois a maior parte dos ensinamentos de Jesus, remete ao ideal essênio de vida espiritual.
Dentre as atividades que exerciam estava a confecção de utensílios domésticos em cerâmica.
                                                                                                                                                                    
Depois da visita a Qumram, fizemos uma "parada técnica" e assim que descemos do ônibus, apareceram os adestradores de camelos com os ditos pelo cabresto, $3.00 por uma volta no bicho! Caramba! São enormes! Dessa vez, "amarelei", sofro de labirintite e tive medo de ficar tonta por causa da altura e do galeio do animal ao levantar-se pois ele se deita no chão para que se possa subir, literalmente escalando-lhes a barriga para depois sentar na pequena banqueta em sua corcova. Como as pernas são muito compridas, elas se dobram como um pantógrafo, com isso o movimento para levantar é como um zig-zag, a gente vai pra frente e depois para trás, resultado, tive de contentar-me em fotografar as corajosas, perdi a oportunidade e me arrependo até hoje... Essa da foto é fazendeira, habituada a cavalgar!                                                    


                                                                                                                             

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