terça-feira, 25 de outubro de 2011

Roma Antiga



IL COLOSSEO

Dia seguinte, amanheceu chovendo a cântaros, então pegamos o ônibus panorâmico em direção à Roma Antiga e aí vimos através dos vidros molhados, o Coliseu, o Fórum Romano, as Termas, atravessamos o Tevere, ficamos só na intenção de descer, muita mão de obra de abre-e-fecha guarda-chuva.
FÓRUM ROMANO
Descemos para almoçar e ainda passamos a tarde entrando e saindo de lojas, comprando lembrancinhas "y otras cositas más."
No outro dia, o último em Roma, felizmente sem chuva, subimos e descemos a Via Veneto com suas lojas de griffe maravilhosas, e aí foi só olhar mesmo pois os preços eram altíssimos!!! Muito bem cuidada, cafés na calçada e canteiros floridos, cheios de CICLAMENS!!! Lena, lembrei o nome daquelas flores lindas, enormes, as maiores daquela espécie que já vi!!! Fizemos mais uma visitinha à Fontana de Trevi, comemos uns sanduiches deliciosos e então, chegou a hora hora de voltar ao hotel para esperar a condução para o aeroporto para a viagem de volta ao Brasil. Estávamos cansadas, avião muuuito cheio, acabei ficando espremida entre dois "armários" e já estava para dar um "piti" quando a Lena viu um lugar vazio e eu me mudei de mala e cuia, pelo menos podia me mexer no assento. Paramos em São Paulo, onde ficariam nossos companheiros e de onde partiria o nosso último voo, despedimo-nos do pessoal e esperamos quase duas horas pela conexão para o Rio de Janeiro. Aí, eu já estava "cozinhando" uma gripe daquelas que acabou por transformar-se em pneumonia, fiquei arriada uma semana após a chegada, mas VA-LEU!!!

TEVERE

PONTE DO TEVERE

Roma Clássica

 
Roma é como um museu a céu aberto tantos os monumentos, esculturas, fontes, cada qual mais bonito, e é pura História. Saímos a pé percorrendo as ruas da cidade.
A primeira parada foi na Praça da República onde fica a Fonte das Náiades. Caminhamos pela via Nacional até o Palácio Quirinal, sede do governo, na Rua das Sete Colinas, e de lá fomos ver a Fontana de Trevi, maravilhosa obra de 1735 criada pelo arquiteto Nicola Salvi que utilizou o Aqueduto Romano para alimentá-la. 





FONTANA DE TREVI
FONTANA DE TREVI

Trevi significa encontro de três ruas. A grandiosa escultura representa a vitória de Netuno sobre os elementos, e mostra o imponente deus em seu magnífico carro puxado por tritões e ladeado pelas estátuas da Abundância e da Saúde. Acima do conjunto, a representação das Quatro Estações. Graças a Deus, desta vez, estava cheia, com uma água azulada, linda!!! Quando lá estive em 1983, não havia uma gota sequer, uma rachadura no fundo fez com que fosse esvaziada para reparos, dammit...


OBELISCO
Seguimos para a Galeria Colonna, hoje, Alberto Sordi, centro comercial construído em 1872 que permanece o mesmo, só tendo mudado o nome. Em seguida a Piazza Colonna, onde está um Obelisco em homenagem a Marco Aurélio.
Via del Corso, a mais importante de Roma, começa na Piazza Venezia, onde está o monumento a Victorio Emanuelle, primeiro rei da Itália.  Vimos também o Pallazzo Montecitorio que abriga a Câmara dos Deputados e o Obelisco Egípcio, original. Por tudo isso  a gente vai só passando, parando rapidamente para tirar fotos. Que fazer, excursão é assim mesmo... pelo menos conseguimos 
visitar o Panteon, datado do ano 27 aC, cujas colunas monolíticas foram
transportadas por barcos especialmente construídos para esse fim. Pegou fogo
PANTEON

PANTEON

na época de Adriano. Hoje é a Igreja de Santa Maria dos Mártires, imensa, a cúpula maior tem 43m de diâmetro e igual altura, aberta em cima para iluminação, e quando chove, a água escoa por orifícios no chão, tudo original! Aí se encontram as tumbas de Rafaello Sanzio e Victorio   Emanuelle.
Anda que anda, torce daqui e dali por ruas estreitas, em fila indiana, "perseguindo" o guia, passamos pelo Palácio do Senado, 



LA BARCCACIA
da época da dinastia Médici e chegamos à Piazza di Spagna, ponto de encontro diurno e noturno de romanos e turistas, que tem uma escadaria monumental 
em três seções, seguida na seção central por outras escadas nas laterais que levam à igreja de Trinità dei Monti. A fonte no centro da praça, na forma de um barco (Barccacia), é afetuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou velha banheira. É atribuída a Gian Lorenzo Bernini ou a seu pai Pietro  
Bernini e foi construída no período de 1627 a 1629, inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre em 1598.
TRINITÀ DEI MONTI
PIAZZA SPAGNA


Por fim, chegamos à Piazza Navona, coração de Roma, construída em cima do Estádio Olímpico de Domiciano. Ali se encontram a Fontana de Moros, do século XVII, a Igreja de Santa Ignes, a Embaixada do Brasil e o Palácio da Justiça.
Seguimos para o Vaticano, sede da Igreja Católica, cidade-estado soberana, sem costa marítima, cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma. Aí está a Basílica de São Pedro que é a maior das igrejas do cristianismo e cuja cúpula domina o horizonte.                   

BASÍLICA DE SÃO PEDRO

Foi então que Lena e eu nos desligamos do grupo pois ambas já a havíamos visitado anteriormente. Resolvemos passear por conta própria e decidimos percorrer a Via del Corso que nos levou à Piazza di Spagna onde passamos horas sentadas nas magnificas escadarias apreciando a multidão que por ali circulava e aquecendo o corpo sob o solzinho delicioso daquela gloriosa e gelada tarde de inverno. Gente de todo mundo, ouviam-se os mais variados idiomas, inclusive português pois tropeçamos em brasileiros por aquelas bandas. "Soldados romanos", com suas roupas de couro, saiote de 

tiras, relógio no pulso (?) e tênis (??), well, tava um frio danado e ninguém é de ferro, perambulavam por ali à disposição de quem quisesse uma foto com eles, hilário! Foi muito bom poder aproveitar aqueles momentos sem ter que sair correndo e por ali ficamos até que a fome apertou e voltamos para o hotel onde nos encontramos outra vez com o grupo e saímos para jantar.

Assisi





PORTAL DE ASSISI
Assisi ou Assis é uma cidade e sé episcopal na região da Umbria, província de Perugia. É famosa por ter sido o local de nascimento de São Francisco de Assis (Francesco Bernadone), que lá fundou a Ordem dos Franciscanos em 1208, e de Santa Clara de Assis (Chiara d'Offreducci), fundadora da Ordem das Clarissas.
A Basílica de São Francisco de Assis é um edifício classificado pela UNESCO como Patrimônio Mundial. O mosteiro franciscano e a basílica inferior e superior de São Francisco começaram a ser erigidos logo a seguir à sua canonização em 1228, tendo ficado completos em 1253. A basílica inferior tem afrescos de Cimabue e a superior do seu discípulo Giotto que retratam cenas da vida do santo.
BASÍLICA DE SÃO FRANCISCO
No dia 26 de Setembro de 1997, Assis foi atingida por dois violentos sismos que causaram quatro mortes. A basílica foi seriamente danificada (parte do teto ruiu, destruindo um afresco de Cimabue), e esteve fechada para restauro durante dois anos.
Em Outubro de 1986 e Janeiro de 2002 o Papa João Paulo II reuniu-se em Assis com líderes das grandes religiões do mundo para orações conjuntas pela paz.
Como sempre, a visita foi muito rápida, só uma vista d'olhos por assim dizer, e mais uma vez o guia local nos apressou dizendo que não comprássemos nada nos pequenos quiosques que vendiam souvenirs pois
ele nos levaria numa loja onde os preços eram melhores, blá-blá-blá, a conversa de sempre, "me engana que eu gosto"...Já estávamos meio cheios dessa cantilena, pois sabíamos que era por causa da comissão e foi a contragosto que pegamos o ônibus para descer a a montanha. A tal loja era uma cerâmica muito "sem-vergonha", com objetos de um mau-gosto de dar dó, resultado, não viram a cor do nosso dinheiro, teve quem sequer saísse do ônibus...bye-bye, comissão!!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Orvieto

Após um café da manhã muito mixuruca, pegamos o ônibus e fomos nós outra vez... 
BASÍLICA DE SANTA MARIA
Orvieto é uma comuna italiana da região da Umbria, com pouco mais 20.000 habitantes, situada no alto de um enorme penhasco vulcânico, elevando suas muralhas acima de falésias quase verticais. É o maior centro da civilização etrusca. O Museu Arqueológico e o Museu Cívico abrigam objetos etruscos recuperados em escavações nas imediações.



PORTA DA BASÍLICA
A belíssima Basílica de Santa Maria é dedicada à Assunção de Maria Santíssima e em sua fachada podem-se ver esculturas representando os Quatro Evangelistas, pinturas mostrando cenas do Antigo Testamento e mosaicos contando a vida de Maria. Uma pena que é tudo tão corrido, os guias despejam uma enxurrada de informação e não nos dão tempo de apreciar tanta beleza. Não fosse tão caro, valeria uma nova visita!




Roma - chegada

POR-DO-SOL EM ROMA
Chegamos à Roma ao final da tarde, com um por-do-sol glorioso que eu consegui fotografar do avião! Passada a imigração, uma guia nos esperava no saguão para levar-nos ao hotel, e aí, foi aquele choque: depois de quatro dias num 4*moderníssimo em Jerusalém, um hotelzinho acanhado, escuro, foi o nosso destino! Tá certo, em Roma tudo é muito antigo mas aquilo sequer parecia um hotel! Próximo à estação ferroviária, o que poderia ser uma vantagem transformou-se num problema já que a frequência nas imediações era de qualidade duvidosa, a menos de 100m, havia uma sexshop, e a fauna da região era um tanto estranha. O ônibus, enorme, ficou na esquina, não podia parar em frente ao hotel, tivemos que arrastar as malas pela calçada. Como se não bastasse, a recepção se resumia a um corredor estreito com um balcão para o atendimento aos hóspedes e de saída, exigiram que deixássemos os passaportes na portaria, mais confusão, era a primeira vez que isso acontecia. Um elevador que mal comportava duas pessoas, sem as malas que subiram depois, levou-nos ao quarto, outro choque: pequeno, escuro, com cheiro de mofo, banheiro minúsculo com um box mínimo, quase era preciso ficar em posição de sentido para tomar banho! Na rua, o barulho constante das "vespas" quase não nos deixou dormir. E não era barato! Por pouco não pedimos a conta... Por precaução, saímos em grupo para jantar e depois, tratamos de dormir, precisávamos acordar cedo pois iríamos a Orvieto e Assisi no dia seguinte.

Deixando Jerusalém

Descansadas, descemos algumas horas mais tarde, para um café da manhã sem correrias apesar de mais  simples, estávamos em pleno shabbat e facilidades como cafeteiras, torradeiras e grill estavam fora de cogitação mas havia uma variedade enorme de frutas, iogurtes, mel, pães e biscoitos embalados, filled the gap...Aliás, nesse hotel comi a melhor coalhada da minha vida e eu nem gosto muito, mas parecia um creme, feita com leite gordo e sem a acidez costumeira, resultado, comi demais e quase perdi o passeio ao Rio Jordão pois passei a madrugada no banheiro...
Ainda tínhamos algumas horas pela frente antes da chegada do ônibus, pouco tempo entretanto para ver algo mais de Jerusalém, além do que, é uma cidade grande e sem guia, corríamos o risco de nos perder, ficamos então perambulando pelo hotel até que finalmente chegou o ônibus e qual não foi nossa surpresa, por serem apenas dez passageiros, a empresa mandara um microônibus esquecendo que tínhamos bagagem de 15 dias! A grita foi geral, como fazer?
Na confusão que se formou, sobrou para mim, única pessoa do grupo a falar inglês e que podia portanto comunicar-se com os funcionários do hotel e com o motorista. Queriam que deixássemos a bagagem no hotel para virem buscar depois. "Tá sem perigo", disse eu, e fiquei para trás junto com um dos companheiros de viagem que se ofereceu para ajudar e lá ficamos nós, sentados na escadaria, no meio daquelas malas todas, por quase duas horas até que mandaram um carro maior que nos levou, junto com a bagagem, para o aeroporto de Tel Aviv onde o restante do grupo nos aguardava já um tanto aflito, estavam chamando o nosso voo! E ainda tinha o lance que precisávamos estar todos juntos para que um "facilitador" passasse as malas sem serem revistadas...
Depois de muitas marchas e contra-marchas, embarcamos para Madrid, para um dos maiores e mais confusos aeroportos que conheço, Barajas, e onde estaríamos por nossa conta para encontrar o terminal certo e pegar o avião que nos levaria para Roma. Graças a Deus conseguimos e depois de pouco mais de duas horas, desembarcamos no aeroporto de Fiumicino.

Fim de festa...

Pois é, para muitos dos componentes do nosso grupo, aproximava-se a hora de retornar ao Brasil. Lena, eu e mais oito pessoas, optáramos pela extensão da excursão que nos levaria à Roma, portanto, ainda naquela noite, tivemos o jantar de despedida e ficamos até tarde no saguão do hotel para o "bota-fora": fotos, troca de endereços e e-mail. Como o ônibus que os levaria ao aeroporto só viria à 1:00 da matina, acabamos por nos recolher antes da saída para uma merecida noite de sono pois não precisaríamos levantar cedo pela primeira vez em muitos dias! Era hora também de relembrar fatos que nos fizeram rir muito como quando numa das vezes que precisamos sair do hotel ainda escuro, seja pela distância do local a ser visitado, seja para evitar as filas sempre muito grandes, duas das companheiras que dividiam um quarto, nos propiciaram momentos de muita risada: uma delas, curtindo uma gripe "daquelas" dormia a sono solto quando foi despertada pela outra que a sacudia dizendo "estamos atrasadas, vamos perder o ônibus" ao que a pobre, a muito custo, arrastou-se para o banheiro e depois, já prontas, desceram para o saguão do hotel para encontrá-lo totalmente vazio e às escuras o que imediatamente levou-as a concluir que o ônibus havia partido sem elas. Apenas uma luzinha no balcão mostrava que havia alguém do hotel acordado e por ele ficaram sabendo que ainda eram 3 horas da matina!!! Meio aborrecida, a que estava gripada pediu a chave do quarto, um cartão magnético. em poder da companheira que decidira ficar por ali para fumar. E lá foi ela, pisando duro, para retornar minutos depois, literalmente soltando fumacinha pelo nariz, a "chave" era do hotel anterior e ela, perdendo a estribeira perguntou: "qual é, cheirou coca?" Isso nos foi relatado obviamente pela que jurava ter ouvido o telefone chamar para despertá-las, a pobre doente, tava completamente arriada no fundo do banco e só levantou a cabeça para lançar um olhar que reduziria a pó qualquer mortal! Claro que foi uma risada só!!!
Ao nosso grupo tinham-se juntado duas senhoras, mãe e filha, sendo que a mãe tinha mais de 80 anos, que fariam o último trecho da viagem conosco. Muito alinhadas, as duas apareceram para o café, com roupas não muito adequadas para o poeirão que pegaríamos em Massada. A filha, preocupada com o bem-estar da senhora, andava à volta dela com tanta solicitude que a fez pedir que a deixasse em paz e fosse procurar um marido e depois que não iria ao museu pois não a deixariam sair, hilário, pois as duas foram sozinhas, de táxi, para a Jordânia, póoode?
E foi nesse clima de muita camaradagem e alegria que nos despedimos dos nossos companheiros de tantos dias de viagem!
Foi muito bom conhecer tantas pessoas diferentes, algumas, excelentes companheiras de viagem, topando qualquer "parada" e não levando a sério as brincadeiras. 

MARIO,URI,KHALIL

Cabe aqui ressaltar o profissionalismo do nosso guia brasileiro, Mario, sempre prestimoso e incansável no atendimento às várias solicitações como também um agradecimento especial ao nosso guia em Israel, Uri e ao motorista Khalil, sempre solícitos e dispostos a aturar aquele bando irrequieto.

Mar Morto


Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, 80 km de comprimento e 18 km de largura, o Mar Morto é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia.
Nos últimos 50 anos, perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, além da evaporação natural. A contínua perda das suas águas causa uma também contínua redução em sua área e profundidade, cerca de 417 m abaixo do Mar Mediterrâneo, o que faz com que seja a maior depressão do mundo.
A grande quantidade de sal por ele apresentada, é dez vezes superior à dos demais oceanos, sendo então  muito escassa a vida em suas águas já que qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão, morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. Em termos de concentração, o teor de sal no Mar Morto é de 30 a 35 g de sal por 100ml de água. Essa grande quantidade de sal aumenta sua flutuabilidade.
Depois de visitar Massada, descemos para tomar banho no Mar Morto. Imperdível! A gente bóia como rolha e não é muito fácil sair da água que é viscosa como óleo saturado. O fundo é uma lama preta, grudenta mas todos fizeram questão de cobrir o corpo com ela por suas propriedades terapêuticas. Fomos avisados para não colocar a mão nos olhos ou engolir água, o ardor é intenso e a ingestão, mesmo acidental, provoca vômito. Dei o azar de levar um baita tombo ainda na areia, esfolei os joelhos, o queixo e sujei a boca. Além do "mico", ardeu pra burro quando entrei na água e meus lábios incharam pois tentei limpá-los com a mão molhada, damn, damn, damn...Depois, uma chuveirada refrescante para tirar a lama e o sal do corpo. Valeu!!!

Massada

DESERTO DA JUDÉIA
Massada fica às margens do Deserto da Judéia, num platô com vista para o Mar Morto. Esta foi a última fortaleza defendida pelos judeus zelotes que se recusaram a submeter-se à ocupação romana. Quando eles não puderam mais se defender, Massada tornou-se pano de fundo para um dos episódios mais dramáticos da História Judaica.
"A COBRA"
Erguendo-se cerca de 400 metros acima do deserto ao redor e cercada por profundos desfiladeiros, o platô de Massada era naturalmente fortificado. A leste, a terra apresenta um forte declive até o Mar Morto. O caminho daquele lado era (e ainda é) chamado de “A Cobra”, por suas curvas estreitas e sinuosas. O único outro acesso, no lado oeste, é apenas um pouco mais transitável.
O Rei Herodes – governador de Israel que se curvava aos romanos – construiu uma elaborada fortaleza sobre o topo desta montanha, incluindo espaçosos palácios, luxuosas casas de banho, depósitos bem estocados e doze enormes cisternas. Embora ele tenha construído a fortaleza por medo (ou paranóia) do Egito, ela lhe servia também como local de descanso.
Anos depois, Massada tornou-se um refúgio para os judeus zelotes que resistiam ao domínio romano. Eram liderados por Elazar ben Ya’ir. Após a conquista de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo, mais judeus juntaram-se ao grupo. Eles resistiram aos esforços romanos para desalojá-los e usaram Massada como sua base para ataques (contra os romanos e contra facções judaicas inimigas). Com os alimentos perfeitamente preservados que Herodes tinha em estoque, bem como a água das cisternas, eles puderam resistir indefinidamente.
O governador romano Flavius Silva decidiu eliminar de uma vez este posto de resistência. As 15.000 pessoas do acampamento romano, que incluíam a Décima Legião Romana e os prisioneiros de guerra judeus, se prepararam para um longo cerco contra os 1.000 homens, mulheres e crianças na montanha.
Após falhar em romper a muralha pelo lado leste, eles construíram uma longa e ampla rampa de ataque contra o lado oeste, usando milhares de toneladas de pedras e terra. Então, usando um aríete de ataque, quebraram a parede de pedra da fortaleza. Os defensores tinham construído outra parede que os romanos não conseguiram romper com o aríete porque era mole e recuava com os golpes. Os romanos destruíram esta parede com fogo, e planejaram entrar no dia seguinte.
Naquela noite, Elazar reuniu todos e falou com eles. Decidiram morrer para não cair nas mãos dos romanos. Cada homem matou a própria esposa e filhos, então fizeram sorteios e se mataram entre si até que o último homem ateou fogo ao próprio corpo e morreu.
Pela manhã, os romanos entraram na fortaleza e encontraram apenas cadáveres.
Duas mulheres e cinco crianças tinham sobrevivido ao suicídio em massa escondendo-se numa cisterna, e foi assim que a história se tornou conhecida ao historiador Josephus, que a registrou. Josephus é a única fonte importante de informação sobre Massada. Desde que o cerco a Massada foi identificado em 1838, descobertas e escavações têm ocorrido regularmente. O Parque Nacional de Massada foi aberto em 1966.  (Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre)







Venho utilizando a Wikipedia como fonte em várias postagens pois a memória não ajuda e já faz tempo que visitei o Oriente Médio. Embora não pretenda conferir um caráter didático ao meu blog, tem sido muito bom pesquisar a respeito de tantos lugares visitados.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Via Dolorosa

A visita mais esperada era à Via Dolorosa e para lá nos dirigimos cheios de emoção.
Via Dolorosa é uma rua na cidade velha de Jerusalém, que começa na Porta de Santo Estêvão e percorre a parte ocidental da cidade velha de Jerusalém, terminando na Igreja do Santo Sepulcro.
De acordo com a tradição cristã, foi por este caminho que Jesus Cristo carregou a cruz. A rua possui nove das catorze estações da cruz. As cinco últimas estações estão no interior da Igreja do Santo Sepulcro. Entretanto, é impossível que Jesus tenha passado por ela, já que a rua não existia antes de um século após sua morte. 
ENCONTRO DE JESUS COM AS MULHERES DE JERUSALÉM

As estações da cruz

Primeira estação
A primeira estação encontra-se junto ao Mosteiro da Flagelação e lembra o sofrimento de Jesus ao ser chicoteado por seus algozes.
Segunda estação
A segunda estação encontra-se próxima dos restos de uma construção romana, conhecida hoje em dia por Arco do Hecce Homo em memória das palavras de Pôncio Pilatos quando mostra Jesus Cristo à multidão.
Terceira estação
A terceira estação lembra a primeira queda de Jesus Cristo. Hoje em dia, o local tradicional está marcado por uma pequena capela pertencente ao Patriarcado Armênio de Jerusalém.
Quarta estação
O encontro entre Jesus e sua Mãe. Atualmente, no local existe um pequeno oratório.

Quinta estação
Sobre uma porta existe um inscrição que lembra o encontro entre Jesus Cristo e Simão Cireneu a quem os romanos ordenam que carregue a cruz de Cristo até o Gólgota.
Sexta estação
O encontro entre Jesus e Verônica, quando esta limpa a sua face com um tecido que fica com as suas feições, assinalado por uma igreja pertencente ao rito greco-católico
Sétima estação
A sétima estação assinala a segunda queda de Jesus. Uma coluna na esquina da Via Dolorosa com a Rua do Mercado marca o fato.
Oitava estação
O encontro de Jesus com as mulheres de Jerusalém. O local é assinalado por uma cruz enegrecida pelo tempo, esculpida na parede de um mosteiro ortodoxo.
Nona estação
A terceira queda de Jesus. O local está assinalado por uma coluna da era romana, à entrada de um mosteiro copta. 
Toda antecipação e emoção de pisar o solo que Jesus supostamente percorreu se foi ao depararmos com ruas repletas de lojas, comerciantes literalmente nos arrastando na ânsia de vender e o guia, implacável, tomando a dianteira e impedindo-nos de parar para as compras! Buzinas impacientes faziam-se ouvir e o barulho ensurdecedor dos tuck-tucks e motos quase nos enlouqueceu. Chovia e acabamos por nos perder na multidão, por sorte, nosso guia brasileiro estava conosco. O espírito de devoção evaporou e mal tivemos tempo de parar nas Estações da Via Sacra, provavelmente por isso, ficou uma sensação de irrealidade, como se jamais tivéssemos estado por lá, daí talvez o porquê de ter falado tão pouco sobre essa viagem! Como em toda excursão, é tudo muito corrido, oferecem quantidade em detrimento da qualidade. Seria preferível visitarmos menos locais, para ficar mais tempo nos realmente importantes.

Finalmente, Jerusalém!

JERUSALÉM
 MESQUITA AL-AQSA
A viagem prosseguiu, com algumas paradas para esticar as pernas e atender às necessidades básicas de alimentação e toilette e, no final da tarde um tanto enevoada, Jerusalém surgiu, branquinha, numa curva da estrada, linda, as edificações se destacando no crepúsculo e o maravilhoso domo de ouro da Esplanada das Mesquitas dominando a paisagem! Ao redor da  cidade, a antiga Muralha com 7 portas. Até 1850, a população vivia dentro das muralhas cujas portas se fechavam ao anoitecer. Jesus entrava pela Porta do Ouro para dirigir-se ao Templo.
Ficamos num hotel maravilhoso, enorme, com quartos confortáveis e refeições fartas, muito bom! 
MURO DAS LAMENTAÇÕES
No dia seguinte fomos visitar o Muro das Lamentações que é o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu por tratar-se da única relíquia do último templo. O Muro Ocidental é uma pequena parte da muralha que Herodes construiu no ano 20 a.C., em redor do segundo Grande Templo. No ano 70, quando da destruição da cidade por Tito, este deixou de pé esta parte da muralha com seus enormes blocos de pedra, a fim de mostrar, às gerações futuras, a grandeza dos soldados romanos que foram capazes de destruir o resto da edificação. Durante o período romano não era permitida, aos judeus, a entrada em Jerusalém. Entretanto, durante o período bizantino, lhes foi permitido entrar, uma vez por ano, no aniversário da destruição, quando lamentavam a dispersão de seu povo e choravam sobre as ruínas do Templo. Daí o nome: Muro das Lamentações. O costume de orar junto ao Muro continuou durante o decorrer dos séculos. Entre 1948 e 1967 o acesso ao Muro foi novamente proibido aos judeus, já que ele se encontrava na parte jordaniana da cidade dividida. Depois da Guerra dos Seis Dias, o Muro das Lamentações converteu-se em um lugar de jubilo nacional e de culto religioso. 
Visitamos também a Mesquita da Ascenção, a Igreja Ortodoxa Russa, onde segundo os gregos, Maria está enterrada e a Igreja Católica onde segundo a tradição, Maria adormeceu e foi elevada aos Céus.