sexta-feira, 30 de julho de 2010

Será desta vez?!

E vamos nós, mais uma vez, rumo à Paris, agora levando minhas duas netas, Tamara e Isabela, numa comemoração antecipada dos dezoito e vinte-e-um anos a serem completados em setembro próximo e janeiro de 2011, respectivamente.
Para isto, este fim-de-semana será bem movimentado devido à exiguidade do tempo.
Hoje à tarde, iremos para Ashford, de onde parte o EuroStar e, amanhã, após pouco mais de duas horas de viagem, chegaremos ao centro de Paris. E aí começará a maratona!
Usando os ônibus de city tour, mochila nas costas, e a caminho do hotel, faremos a visita aos principais pontos turísticos; deixaremos a tralha no quarto, e como o dito é embaixo da Torre, tentaremos visitá-la, explico: verão, férias escolares, filas quilométricas, preciso dizer mais?
Almoço, outro ônibus, city tour pelos pontos que ficaram faltando, regresso ao hotel para nos prepararmos para ir ao show do Lido!!!
No domingo, um passeio pelo Sena no Bateau Mouche, quase não acredito, mas vai depender do horário disponível e do tamanho das filas pois às duas da tarde deveremos estar na Gare du Nord para começar a viagem de volta...
Para as minhas netas, tudo será novidade e essa viagem é delas. Acho que será algo para ser lembrado a vida toda. Se, no meio disso tudo eu conseguir realizar meu sonho há tanto tempo acalentado, ma-ra-vi-lha!!!

domingo, 18 de julho de 2010

O Brasil na Inglaterra

O Brasil está presente este ano no Festival de Verão, em Southbank, Londres. Vários eventos artísticos e culturais estão acontecendo alí desde o início de julho e se estenderão até setembro. Shows de música, exposições as mais diversas, se distribuem pelos vários auditórios e teatros da localidade, com grande afluência de público. 
É maravilhoso ver como as pessoas reagem à menor menção do Brasil: invariavelmente um largo sorriso se abre e manifestam o desejo de conhecer o nosso país, o que me enche de orgulho!
Semana passada, fomos ao Queen Elizabeth Hall assistir o show da Mart'nália, que loucura! Com seu grupo de instrumentistas e ritmistas muito bem entrosados, ela incendiou um público de quase 1000 pessoas que cantaram e sambaram com ela por cerca de 1 hora e meia! A maioria era de brasileiros, mas havia muitos estrangeiros e um inglês comentou com minha irmã que embora não conhecesse a cantora, gostava muito do Brasil e que não conseguiu ficar parado, e mostrou isso sambando desajeitadamente bem na nossa frente.
Um arquiteto brasileiro, junto com um grupo de jovens de uma área menos favorecida do Rio de Janeiro e de Londres, montou ao ar-livre, uma miniatura de favela com tijolos vazados, pintados com cores vivas e dispostos sobre montes de areia à guisa de morros, fazendo um interessante paralelo entre as duas cidades. Quando estive lá anteontem, véspera da abertura da exposição chamada "Morrinho", embora não estivesse tudo pronto, muita gente parou para apreciar o trabalho que ficará exposto até setembro. Pretendo voltar em duas semanas para vê-lo terminado.
É o Brasil mostrando que não é só futebol!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Programa de inglês

Existem coisas e lugares aqui na Inglaterra que são para turista, seja ele de onde for e eu me incluo nesta lista, entretanto, outras, são tipicamente inglesas: Cricket, Ascot, Hampton Court Palace Flower Show e os Days Out.
Para estes últimos, parques espalhados por toda cidade ou nas colinas, propiciam longas caminhadas ao ar-livre, ou usando bicicleta, com direito a pic-nic, na grama ou em áreas específicas para tal, com mesas e bancos, um café ou loja de conveniência para quem prefere não trazer farnel, banheiros públicos e lixeiras para que tudo fique bem limpinho. Mesmo sem carro, pode-se ir a lugares mais distantes pois o serviço de trens e ônibus é bastante eficiente e o estacionamento um bocado caro...Às vezes o vento atrapalha um pouco e o tempo muda de uma hora para outra, mas é uma delícia! 
Hampton Court Palace Flower Show é uma instituição: até a Raínha comparece! Trata-se da maior exposição de flores da Inglaterra cuja população se considera "jardineiro por excelência", e é fato!
Quinta-feira passada, andei por cerca de cinco horas e não consegui ver tudo pois a exposição se espalha pelos imensos parques do Palácio, numa profusão indescrítível de cores e perfumes, seja em galpões enormes, com vasos repletos de rosas, lírios, begônias e o que mais possa haver em matéria de flor, ou em jardins projetados por designers. É um evento ao qual comparece grande parte da população inglesa. Em pontos turísticos se escuta falar outras línguas. Neste, especificamente, acho que somente eu falava português...

Praga

Enquanto estava em Lisboa, entrei em contato com Isabelle, uma amiga francesa, e resolvemos nos encontrar em Praga, na semana seguinte ao regresso da Lena ao Brasil.
Descansar, pra que?
No dia 23 de junho e, dessa vez sozinha, embarquei para Praga onde cheguei em pouco mais de duas horas. Minha primeira vez em um país cuja língua eu desconhecia completamente, pior, quase ninguém fala inglês, ou outro idioma qualquer, PÂNICO, e se eu desencontrasse da Isabel?
Felizmente deu tudo certo e passamos cinco dias numa das cidades mais bonitas que tive oportunidade de conhecer!
Durante o dia, eu ficava por minha conta pois Isabel, que vende programas de computador para empresas, estava lá para trabalhar e se trancava no quarto do hotel, só nos encotrávamos à noite para jantar e dar umas voltas para fazer a digestão. Com isso, tive que me virar e tratei de fazer o city tour para ter uma visão geral da cidade e um cruzeiro pelo rio Svltava. O tempo continuava maravilhoso, bastante quente mas nada comparado ao calor do Rio de Janeiro, tudo bem, o verão ainda estava no começo. A cidade parece feita com aqueles bloquinhos do Pequeno Construtor. Dá gosto passear pela margem do rio, vendo o movimento dos barcos, dos cisnes e marrecos, pela primeira vez vi um bando de cisnes em pleno vôo! Na Ponte Charles que liga as duas margens do rio e leva à parte histórica da cidade, o vai-e-vem de pessoas é intenso, há música por todo lado, artesãos exibem e vendem seu trabalho, é uma festa para os olhos! E as igrejas? Acho que há mais do que em Salvador! Para qualquer lugar que se olhe, torres ponteagudas apontam para o céu e mais, encontrei a igreja dedicada ao Menino Jesus de Praga de quem sou devota. Fiquei horas admirando a beleza do interior, sentindo a paz que a singeleza da pequena imagem transmite, visitei o museu que abriga as vestimentas que Lhe são ofertadas por fiéis dos mais distantes cantos do mundo. A emoção me levou às lágrimas, aliviei meu coração e rezei muito pelos que me são caros.
Um lugar onde certamente voltarei! 

Lisboa

De volta à Inglaterra, minha irmã tinha que trabalhar, Vania voltaria ao Brasil em alguns dias, então Lena e eu decidimos ir à Lisboa, continuando aquele projeto meu de usar a pista toda, aliás, sábio conelho de uma grande amiga! 
Lena já estivera em Lisboa outras vezes, portanto, ficamos num hotel que ela conhecia, muito bom, porém devido às obras de modernização da cidade, um pouco distante do centro. Com isso, saíamos pela manhã em excursões compradas no próprio hotel.
Fizemos o city tour e Lisboa foi uma grata surpresa para mim que esperava, sabe Deus porquê, uma cidade com ares de província. Ao contrário, é muito bonita, moderna, com ruas largas e arborizadas. Os jacarandás em flor, formavam verdadeiros corredores perfumados, lindo! O tempo ajudou, embora amanhecesse nublado, logo o sol queimava as núvens e o céu ficava muito azul.
Visitamos os mosteiros de Alcobaça e Batalha, a Torre de Belém, a Praça do Comércio e fomos a Belém, Nazaré e Fátima que nos emocionou pela beleza da basílica, a doçura da imagem de Nossa Senhora e a fé da multidão!
No outro dia, fomos a  Sintra, Cascais e Estoril. 
Comemos bacalhau até sair pelas orelhas, bolinhos, postas, desfiado, tudo regado com o bom azeite portguês. De sobremesa, os famosos doces de gemas, toucinho do céu, travesseiro e os incomparáveis pastéis de Belém que são servidos quentinhos, recém saídos do forno e derretem na boca!
Ficamos por lá uma semana,fizemos um passeio pelo Tejo, gosto de ver as cidades por um ângulo diferente, e no último dia decidimos fazer algo por conta própria. Depois de visitar o Castelo de São Jorge, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade, pegamos um bondinho semelhante ao de Santa Tereza que nos levou, num sobe-e-desce de montanha-russa e por ruas muito estreitas, aos bairros de Alfama e Mouraria. AMEI!

Aconteceu, DE NOVO!

Não tínhamos café-da-manhã incluído em nossa diária de hotel. Era mais barato comer em uma das muitas confeitarias ou cafés da redondeza, infelizmente, àquela hora, lotados de gente apressada saindo para trabalhar. Estamos de férias mas é preciso levantar cedo para aproveitar bem o dia. 
A escolha é grande entre croissants, baguettes, queijo, presunto, geléia e outras delícias além de café, chá ou chocolate. Meu francês, meio embolarado, me permite apontar o que quero, e olhe lá...garçonette impaciente, não ajuda muito...Tudo bem, "não estou reclamando, só comentando"...
Bandeja cheia, fomos para o fundo da confeitaria. Um pardal, pelo jeito habitué da casa, pousou na beira da mesa e começou a comer as migalhas que caíam. Fiquei encantada com a confiança do bichinho e tentei tirar uma foto mas o movimento o assustou e ele voou de repente, assustando também quem me acompanhava e não era muito chegada a essas "intimidades". Resultado, parte do café que ainda estava na xícara, foi parar na bolsa da francesa de nariz torcido, sentada no longo sofá atrás da mesa que servia de assento comum às demais. O nariz ficou ainda mais torcido porque ríamos a bandeiras despregadas, é claro!
Pedimos desculpas pelo inconveniente e tratamos de sair dalí, antes que a coisa complicasse. 

Quando o imprevisto acontece...

Paris. Restaurante italiano.
Prato de pasta fumegante à nossa frente.
Bebidas servidas. Brinde!
Silêncio condizente com o apetite.
Queijo ralado. Quem quer queijo?
O recipiente passa de mão em mão.
Súbito, suspense...Um leve toque, um olhar mais eloquente do que as palavras...
Atenção! Uma montanha de queijo ralado ocupa um prato!
Olhos arregalados, fôlego retido e de repente, o riso explode sem controle!
Apanhada de surpresa por um vidro mal-fechado, Lena tem seu prato coberto por uma espessa camada de queijo!!!
O prato foi trocado, meio que a contragosto, pelo maître.
Mais tarde, foi difícil conciliar o sono.
De vez em quando, uma risadinha sufocada ou mesmo uma gargalhada escancarada traziam a lembrança daquele momento.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ainda não foi desta vez...

Finalmente!
Paris, outra vez! Estive aqui em 1983, outro tempo, outro momento, muita coisa ficou por fazer. Final de inverno, chuvinha morrinhenta, grande parte dos monumentos em obras de conservação, resultado, não consegui subir na Torre Eiffel, nem passear no Bateau Mouche.
"Agora será diferente!" disse para mim mesma. E foi.
Passamos uma noite em Ashford, ainda na Inglaterra, para podermos pegar o EuroStar no primeiro horário e que nos deixaria no centro de Paris. Com isso, saímos sem café-da-manhã e o hotel ficava mais longe da estação do que imaginávamos. Tudo bem, ainda deu tempo para um desjejum, já no terminal. Tínhamos lugares marcados então não houve problema. Em pouco mais de duas horas, estávamos no centro da Cidade-Luz! 
Passamos três dias em Paris, depois, um pequeno intervalo para irmos a Strasbourg onde também ficamos três dias, aproveitando para visitar algumas cidades da Alsácia e ainda Freiburg e Offenberg na Alemanha, e por fim, voltamos para mais dois dias em Paris. Fizemos de tudo, fomos ao Museu Rodin, ao Louvre, só por fora, Notre-Dame, Sacré-Coeur, Montmartre, visitamos a casa e os jardins de Monet em Giverny. Na volta, tem sempre aquele enguiço de controle de fronteira que é necessário mas, demorado! E aí, tivemos correria para pegar o EuroStar pois tudo aquilo que se programa antecipadamente, principalmente conexões, funciona no papel, na hora do prá valer, haja perna!
Na palataforma, o trem já esperava. Meu Deus, era imenso e tínhamos que andar muito para alcançar o nosso vagão e o tempo se esgotando. Toma de correr, puxando mala, mochila nas costas, enfim, coisa que gente jovem, tira de letra mas não um bando de coroas, principalmente quando alguém não está exatamente em forma...Falo por mim!
Conseguimos! Desabamos nos bancos e eu peguei no sono.
Pequeno detalhe: Adivinha se eu consegui ir na Torre ou passear no Sena?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"E, vamos nós!!!"

Uma viagem começa no momento em que se pensa nela, consulta-se o orçamento, planeja-se o itinerário, a compra das passagens, e tudo o mais para desfrutar o lazer sem maiores preocupações. Geralmente viajo sozinha mas desta vez, tería a companhia de duas amigas o que tornava a coisa bem mais interessante, gosto de ter com quem conversar, trocar idéias. Depois de muito pensar, decidimos partir da casa da minha irmã para outras paragens, mas nada acontece sem alguma ansiedade, né? Dessa vez, além da inerente à situação, duas outras ontribuiram para aumentá-la: o súbito acesso de tosse do vulcão islandês, de nome impronunciável, que levou à loucura quem já estava viajando ou mesmo tentando voltar pra casa e mais ainda quem estava com embarque marcado já que o seguro obrigatório não cobre fenômenos naturais, aí, para piorar, a companhia aérea que nos levaria a Londres, avisou que entraria em greve exatamente na véspera do nosso embarque! PÂNICO!!! Que fazer, cancelar tudo, transferir para outro dia? Havia entretanto outras implicações, férias marcadas, hotéis e passagens reservados com antecedência para aproveitar os preços mais camaradas da baixa estação, tudo isso nos deixou bastante apreensivas. Finalmente, a fumaça do vulcão baixou permitindo a abertura dos aeroportos e a greve, embora em andamento, não chegou a nos prejudicar, conseguimos embarcar no dia marcado!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"Usando a pista toda"

Desde 2001 tenho viajado para a Europa quase todos os anos. Como minha irmã reside na Inglaterra há muito tempo, não tenho problemas com acomodação que, no final das contas, é o que mais pesa numa viagem, fico na casa dela, ususfruo da companhia, paparico os netos dela e de quebra, tenho onde descansar os ossos. Passagem, a gente financia e depois se vira para pagar, porém hotel e comida, tem que ser "na bucha" e aí, o bicho pega. Embora nossa moeda esteja mais forte, a diferença para a libra esterlina e o euro, ainda é grande, o jeito então é não pensar muito e mergulhar fundo. Este ano, entretanto, decidí fazer diferente, aproveitar a estada e visitar também outros países já que as distâncias são menores e as passagens menos salgadas. Além disso, já conheço grande parte das cidades próximas de Brighton onde minha irmã reside. O serviço de trens é bastante eficiente e, é possível chegar a lugares lindos rapidamente e com tempo suficiente para visitar castelos, jardins maravilhosos e ainda fazer pic-nic sentada na grama verdinha, com esquilos e coelhinhos espiando de longe, tirar um cochilo sem correr o risco de acordar sem seus pertences e curtir o por-do-sol que só acontece bem tarde, pois é verão! Estão com água na boca? Aguardem a próxima postagem!