segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tá frio...tá quente!!!

É isso aí! 
É praticamente impossível satisfazer a todos os gostos: o chuveiro, que precisa ser usado antes de entrarmos na água, é motivo de gritos irados de "tá frio, tá quente", quando é só uma questão de regulagem, abrindo mais uma torneira que a outra. 
Outras vezes, por causa da pressão da água, o crivo cai na cabeça da gente, por sorte, é de plástico, mas tem sempre alguém que cria caso...quando a água da piscina está fria, é uma reclamação só! Eu não me importo, já disse várias vezes que quem gosta de água quente é caldo Knorr ou saché de chá...e aí reclamam porque está quente!? 
Abre basculante, fecha basculante, tem sol, tá ventando, a gente vai sentir frio quando sair...só vejo o administrador coçar a cabeça desanimado, provavelmente é assim sempre, dia após dia, mudam as pessoas, o horário, a situação segue insolúvel...
Durma-se com um barulho desses!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Conhecendo pessoas

Tenho muita facilidade em me relacionar com as pessoas por isso acho estranho quando encontro um ambiente se não hostil, com um ar de competição, principalmente quando se trata de mulheres. Não há homens nessa turma de hidroginástica. 
Sem conhecer ninguém, cumprimentei sorrindo quem já lá se encontrava e imediatamente me senti olhada da cabeça aos pés, nada vantajoso para mim pois estou literalmente fora de forma, melhor dizendo, sem forma... Meu "bom-dia" foi respondido meio entredentes, nada cordial e uma delas levantou uma sobrancelha. Fiquei na minha. O papo interrompido pela minha chegada, continuou como se eu alí não estivesse, tudo bem, tô nem aí, fui lá para cuidar da minha saúde.
Na piscina, a coisa não melhorou muito. Aparentemente, existe uma espécie de acordo tácito com relação ao espaço que cada uma deverá ocupar dentro d'água e quando me dei conta, estava no final da piscina. Parecia involuntário, provocado pelos movimentos, não fosse o fato da tal da sobrancelha levantada, volta-e-meia olhar para trás, com um ar de dona do pedaço e eu a encarei séria. O que ela não sabe é que me fez um favor, a piscina é mais funda na parte da frente, se eu ficasse lá acabaría bebendo água... ;-D
Acredito que com o tempo, a situação melhore, afinal aconteceu a mesma coisa da outra vez quando fiz hidroginástica há zorentos anos, nessa mesma academia. Péraí, não é masoquismo, é só comodismo, o lugar é bem próximo da minha casa, o que evita que eu deixe de ir às aulas por causa da distância! 
Viu, tem sempre um lado bom...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Na academia

Finalmente de posse do tal atestado, cheia de gás, fui ontem à primeira aula de hidroginástica depois de no minimo 6 anos, entrei na piscina e fiz 40' ininterruptos de exercício, no rítmo martelado de uma música  de discoteca, (isso ainda existe?), depois o relaxamento e ato contínuo, saí da água como se estivesse atrasada para um compromisso!
Inacreditável! Ao subir o primeiro degrau, tive a impressão de que estava carregando a piscina comigo: um peso enorme, da cintura para baixo, quase me impediu de continuar!
Assustada, achando que algo mais sério acontecera, saí lentamente e meio que me arrastei para o vestiário mas à medida que caminhava, aquela sensação esquisita foi passando, não tinha dor no corpo e o coração sequer mudou o rítmo mas fiquei preocupada. Liguei para o médico, que me disse para pegar leve, que era só cansaço pelo esforço excessivo depois de tanto tempo de inatividade.  :-{       
Hoje, acordei cedo e fui para a academia fazer uma aula experimental de Pilates do qual já ouvira maravilhas. O fisioterapeuta então mostrou quão baixo estava o meu condicionamento físico, em todos o segmentos. Claro, aquele tempo todo parada, cobrou um pedágio alto, com menos de 10' de respiração correta combinada com  determinados movimentos, eu estava suando e ofegante e ele disse que eu preciso de um programa bem adequado ao meu atual preparo físico, isto é, nenhum... = (   ... tava pensando que seria fácil? 
Quer moleza, minha filha, senta no pudim, do qual, aliás, preciso manter distância, rê,rê,rê...

Recuperando a forma (tentando...) ;-)

Nunca fui uma sílfide porém jamais estive tão distante da minha forma ideal quanto agora....
Adorava as aulas de ginástica no colégio e, ao terminar o Ginasial com a idéia louca de parar de estudar, só o fato de precisar do 2º grau para fazer o vestibular e cursar Educação Física, me fez desistir.
O 1º grau só me permitiria ser massagista, nada contra, pelo amor de Deus! 
Mudei totalmente o meu foco, completei o Clássico e fui fazer a faculdade de Filosofia na PUC que não terminei para seguir outra carreira: esposa e mãe. 
Naquele tempo, com a correria para dar conta do recado, fazia 100m rasos fácil, fácil, com direito a "sprint", se necessário...
Filhos criados e mais tarde dona e senhora de mim mesma, meus dias eram curtos para tantas atividades: hidroginástica, caminhadas no Aterro, coral, cursos de decoração de bolos, inglês, uma loucura!
Vida estabilizada, aos poucos fui diminuindo meu rítmo e dediquei-me ao meu passatempo predileto, viajar, coisa que venho fazendo regularmente. Com isso deixei de me exercitar, e quando não estou correndo o mundo, passo muito tempo sentada, fazendo minhas flores ou assistindo tv...(tsc), sem falar no computador, também um tanto responsável pelo meu sedentarismo.
Sempre estive às voltas com dietas, conheço todas, emagrecia mas logo voltava a engordar, e ultimamente desatei a comer muito mais do que antes, resultado, junto com a falta de exercícios físicos, meu peso foi para a estratosfera.  
Entrei num círculo vicioso, precisava de atestado médico para procurar uma academia, o consultório do cardiologista é na Barra da Tijuca, longe pra dedéu, sem um exame clínico-radiológico-laboratorial, nada de atestado, e o tempo passando e eu só ganhando peso! A falta de atividade física e principalmente de objetivos, me levaram à inércia, a preguiça tomou conta, noites mal-dormidas me faziam cochilar assim que me sentava, sem falar na canseira ao menor esforço, assustador!!!
Decidi me mexer e, com o empurrão da minha terapeuta, a gente não acredita em santo de casa, né, fui ao médico e o resultado dos exames de sangue solicitados, mostrou um quadro preocupante de taxas de glicose e ácido úrico acima do normal o que me fez procurar uma endocrinologista que, por sua vez, me encaminhou a uma nutricionista.
Felizmente ainda há esperança, emagrecendo, essas taxas provavelmente voltarão à normalidade. Estou firme na nova atitude, e isso é muito importante.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entardecer

A correria, a falta de tempo, a necessidade de às vezes precisar fazer mil coisas de uma vez, nos roubam a oportunidade de aproveitar o entardecer na primavera, coisa que tive o privilégio de apreciar outro dia, ao tomar um táxi e pedir ao motorista que me levasse ao Leblon pela orla, estou cansada de bancar o tatu deslocando-me de um lado para o outro por baixo da terra! 
Rápido e eficiente que seja, o metrô acaba por nos privar desse espetáculo maravilhoso da natureza! 
O Aterro, muito verde devido às últimas chuvas, exibia além da vegetação luxuriante, a floração exuberante de um grupo de palmeiras que, segundo informação de uma amiga que trabalha em projetos urbanísticos, só acontece uma vez a cada 70 anos, após o que a planta seca, portanto quem não viu, dançou...
O céu, ainda muito claro naquele final de tarde, filtrava a luz do sol através da folhagem, simplesmente glorioso! 
Botafogo, Copacabana, pessoas aproveitando o horário de verão para lagartear depois de um dia de trabalho. 
A caminho de Ipanema, quase ficamos cegos: o sol, já mais baixo no horizonte e ofuscante como um holofote, fazia com que as árvores ao longo do corredor da rua Rainha Elisabeth, parecessem negras. 
Literalmente perdi o fôlego quando chegamos à praia: uma luz dourada banhava as areias, o mar e o Morro Dois Irmãos! Tinha gente fotografando e eu tive vontade de saltar do carro e aplaudir!
Que Deus abençoe e conserve esta Cidade Maravilhosa que às vezes me parece mulher de malandro...

domingo, 17 de outubro de 2010

London Eye - comentário

Meu filho chamou-me a atenção e, de fato, relendo minha postagem, verifiquei que na ânsia de fornecer informações técnicas, deixei de comentar o que realmente interessa: a emoção de viajar na London Eye! São 30 minutos impactantes já que aos nossos pés, desfilam séculos de História. A fita imensa do Thames que se desenrola majestosamente, abriga em suas margens monumentos mais do que conhecidos e que podíamos ver através das vidraças da nossa "bolha".
A imensa estrutura permite que se vejam o Big Ben e o Parlamento em toda sua grandiosidade, graças a Deus dessa vez livres dos andaimes que são usados para limpeza e manutenção, a Catedral de Saint Paul com sua cúpula dourada, a London Bridge que se abre para dar passagem a embarcações muito altas e que de outro modo não poderiam cruzar o rio, além de muitas outras pontes como Black Friars, Waterloo, não necessariamente nessa ordem, o Globe Theatre, onde Shakespeare encenou suas obras, as construções mais modernas de Canary Wharf, antigo cais do porto, o edifício da OXO, e também um dos edifícios mais altos de Londres carinhosamente conhecido como The Gherkin, muito interessante em sua forma alongada.
Minhas netas corriam de um lado ao outro, procurando fotografar toda aquela beleza! Pena que o tempo meio enfarruscado nos impediu de assistir um dos maiores espetáculos: o por-do-sol que daquela altura é simplesmente deslumbrante, e que tive o privilégio de apreciar em 2003, quando fiz o mesmo passeio com minha irmã e duas amigas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Coisas de criança...

Minha irmã, é atualmente uma orgulhosa avó de três netos: uma menina e dois meninos encantadores: Maya, Harry e Freddie, com 6, 3 e 1 ano e 9 meses, respectivamente.
Na véspera do meu regresso ao Brasil, decidimos levar a Maya pela primeira vez à Londres. 
Chegando lá, pegamos o metrô e ela, ajoelhada na poltrona e com as mãos em concha coladas no vidro, tentava ver através da escuridão do túnel "as raízes da árvores, as minhocas, toupeiras e ratos", fazendo-nos rir muito só de imaginar!
Saltamos em South Bank, literalmente embaixo da London Eye na qual ela se recusou a entrar, assustada com o tamanho da engenhoca.
Decidimos passear ao longo da margem do Thames, onde acontece de tudo: estátuas-vivas ficam na mesma posição até que alguém jogue uma moeda quando então agradecem com um aceno de cabeça e assumem uma nova pose, alguns metros à frente, músicos se exibem, um deles tocava bateria e oferecia aos passantes a oportunidade de fazer o mesmo. Depois de alguma hesitação, ela sentou-se no banquinho e arriscou umas batidas e lá se foi mais uma moedinha de uma pequena bolsa que ela trouxera especialmente para isso. Em seguida, uma volta no carrossel. 
Dalí fomos almoçar e ela então perguntou "quando veríamos as coisas realmente importantes" da cidade...
Pegamos o metrô novamente, fomos para o outro lado do rio onde ela pode apreciar toda grandiosidade do Big Ben que nos saudou com suas badaladas profundas que arrancam arrepios, e o maravilhoso prédio do Parlamento!
Brincar também é preciso, então fomos até o parque St James, lindo e que eu também não conhecia! Depois de quase duas horas de brincadeiras, minha irmã foi chamá-la para irmos até o Buckingham a poucos metros de onde estávamos, dizendo que era a casa da Rainha e que ela estava em casa pois a bandeira real tremulava ao vento, ao que ela respondeu que não se lembrava de ter pedido para visitá-la, poode?!
Audácia da pilombeta, esnobando a Rainha daquele jeito!!!
Para mim, foi uma das mais belas visões que tive daquele Palácio: iluminado pelo sol do final da tarde, livre da multidão que normalmente se aglomera à sua frente para assistir a troca da guarda, parecia saído de um conto de fadas!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Magia


Hamptom Court Palace
Em uma das minhas postagens referí-me à Inglaterra como uma terra mágica e para corroborar essa opinião, castelos e palácios aparecem por toda parte. Além da paisagem magnífica que encanta os olhos, a visão dessas imensas estruturas que surgem de repente, às vezes ao longe, com a silhueta recortada no céu ou bem perto, numa curva do caminho, dá a impressão de que a qualquer momento, cavaleiros em capa e espada desfilarão em homenagem ao rei ou sairão em defesa da donzela em perigo. Pronto, viajei na maionese...
Parece brincadeira mas, dia desses visitando Hampton Court Palace, com minhas netas, fomos recebidas na entrada por personagens vestidos de gala para a representação das bodas de Henry VIII com Kateryn Parr, taí o convite!  
De outra feita, viajamos quatro horas de ônibus para visitar Lulworth Castle, magnífica construção do século XVII e assistir ao jousting, competição medieval entre cavaleiros usando lanças, espadas, adagas e outros artefatos, com grande afluência de público que aplaudia os seus preferidos e vaiava os "vilões", muito interessante!
Dentre os meus preferidos, além dos já citados acima, destaco o castelo medieval de Arundel, imponente, majestoso, datado de 1138, Lewis Castle, do século XIV, de origem normanda e palco de batalhas importantes, Windsor, residência oficial da Rainha, Blickling Hall, Blenheim Palace, onde nasceu Winston Churchil, Burghley House, Corfe Castle, cujas ruínas impressionam, o Royal Pavillion em Brighton, residência de verão da realeza que abrigou o Principe Regente, mais tarde Rei George e a Rainha Vitória.
Tive a felicidade de visitar todos eles, alguns mais de uma vez e sempre me senti transportada no tempo como num passe de mágica!

Veja mais! 

Batalha de Lewis

Blickling Hall

Arundel
                                                                                            

                                                              
Burghley House
                                                          

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

London Eye

Quando se vai a Londres a questão não é o que fazer, mas o que fazer primeiro. 
E é verdade, principalmente quando o tempo é curto que era o nosso caso, portanto apelamos para o city tour que dá uma idéia geral da cidade. Claro que muita coisa deixou de ser vista, a cidade é enorme, trânsito pesado embora fosse domingo, além de ingressos para o teatro já comprados, nos impediram de ver tudo que queríamos.
Além dos pontos mais conhecidos, destaca-se a London Eye, roda-gigante imensa patrocinada pela British Airways, construída para a passagem do Milênio e que deveria ter sido desmontada em seguida, mas teve tamanho sucesso que se tornou um dos símbolos de Londres como o double-decker, a cabine telefônica vermelha, os pubs, os táxis negros. A enorme circunferência carrega 32 cabines em forma de bolha com visão panorâmica que alcança até 40km em dias claros. Em 30 minutos podem-se ver o Big Ben, o Parlamento, a Catedral de St Paul, a Ponte de Londres, o Thames espreguiçando-se, levando em seu curso embarcações de todos os tamanhos, as edificações mais modernas das Docklands, enfim, é o maior observatório do mundo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Como conhecer muito em pouco tempo...

Estamos ficando experts neste quesito, afinal nossa visita à Paris, bateu alguns records de velocidade. Em um dia e meio, vimos grande parte dos principais pontos turísticos, subindo e descendo dos ônibus de city tour e conseguindo reservar através da internet e a preços confortáveis, hotéis de até quatro estrelas, no meio da muvuca, e ingressos antecipados para algumas atrações!
Baseadas nesse know-how, fizemos o mesmo com relação a Londres.
Fim de semana com prognóstico sombrio devido à previsão de chuva para toda área, reservamos um hotel próximo do boxixo: Covent Garden e Leicester Square e na sexta-feira, partimos, minhas netas e eu para a capital britânica onde chegamos depois de 50' de viagem de trem. Ainda com as mochilas nas costas, fomos direto a South Bank onde estão várias exposições e shows de artistas brasileiros e também onde se encontra a London Eye. Para qualquer evento, as filas são imensas então marcamos a "viagem" para as oito e meia da noite, e fomos procurar nosso hotel, monstro com 500 quartos, simples mas confortáveis e café-da-manhã.
No sábado, minha irmã juntou-se a nós e fomos fazer o cruzeiro pelo Thames. De vez em quando chuviscava mas não chegou a atrapalhar o passeio. O barco nos deixou em Greenwich Village onde fica o Meridiano. Minhas netas tiraram foto junto ao Marco 0º! Chovia muito quando voltamos ao hotel. Assim mesmo, saímos depois do jantar para "ver a noite" em Londres.
Domingo amanheceu claro, céu lavado depois da chuva. Pegamos o metrô a pouco mais de um quarteirão do hotel e voltamos a Leicester Square onde compramos ingressos para assistir The Lion King! Pegamos o ônibus do city tour e fizemos um giro pela cidade. Deixamos de ver muita coisa, as distâncias são enormes e o tempo muito curto, quem sabe, na próxima vez...
Depois do almoço, fomos ao teatro onde assistimos um dos shows mais bonitos que tive a oportunidade de ver!!!
De lá, voltamos ao hotel, pegamos as mochilas e fomos para a estação para pegar o trem para Brighton.

Afinal, quantos sonhos eram?

Pois é, eu disse ter um sonho antigo e mencionei dois: a Torre e o passeio no Sena. Acho que pelo fato de serem na mesma cidade, acabei por juntá-los num só, mas são duas emoções muito diferentes: Paris vista de dois ângulos distintos!
Das alturas, até onde a vista alcança, é aquela imensidão cujo relevo familiar devido aos filmes e cartões-postais, emociona pelo impacto que provoca, já o que vemos do barco, (a denominação bateau mouche já não é mais usada), é algo mais íntimo, quase ao alcance das mãos: Notre Dame, Museu d'Orsay, de onde partimos, as famosas pontes, cantadas em prosa e verso e de onde as pessoas acenavam alegremente! Vimos um cara sentado na margem do rio, lavando os pés, ao passarmos, ele sorriu e abanou as mãos sem constrangimento.                                  
Contrário aos cruzeiros usuais, o que contratamos dizia, Rio Sena e Canais, e tinha a duração aproximada de duas horas. Para nossa surpresa, lá pelas tantas, o barco enveredou pelo canal Saint Martin e de repente entrou num túnel, acho que mais longo que o Rebouças. A única luz que tínhamos, vinha das clarabóias abertas a alguma distância uma da outra e em alguns pontos era tão baixo, que não podíamos ficar de pé sob o risco de batermos a cabeça, coisa que dificilmente aconteceria comigo...Estávamos navegando por baixo da cidade!
Por fim, saímos do outro lado, DENTRO DE UMA ECLUSA!!! FANTÁSTICO!
Já tive oportunidade de ver algumas dessas obras maravilhosas de engenharia que possibilitam que um rio passe de um nível a outro e dessa vez foram várias.
Terminamos o passeio onde era o antigo Les Halles. Como já tínhamos as mochilas, pegamos o metrô para a Gare du Nord, para a viagem de volta para a Inglaterra, que não aconteceu sem percalços: um pacote não-identificado e portanto considerado suspeito, encontrado na linha do trem, atrasou todos os embarques e filas imensas congestionaram o recinto fazendo com que só conseguíssemos embarcar lá pelas cinco horas da tarde e consequentemente chegarmos já anoitecendo, em Brighton, exaustas, mas felizes!  

LIDO


Uma noite no Lido, regada a champagne francesa, foi mais um dos pontos altos do nosso fim de semana em Paris. O show, comemorando 100 anos este ano e seguindo o modelo tradicional de desfile de mulheres cobertas de plumas e com os seios à mostra, números musicais e de variedades, ainda guarda o antigo charme. Maior satisfação era ver o brilho nos olhos das minhas netas, pela primeira vez num programa desse tipo. Foram duas horas de espetáculo muito bem montado, cenários grandiosos, figurino colorido e coreografia variada. A noitada terminou com um lanche caprichado num dos muitos restaurantes da redondeza. Fechando a noite com chave de ouro, na esquina do nosso hotel, a Torre aparecia iluminada, jóia em filigrana, destacando-se no céu!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sonhos...

Desde a primeira vez que visitei Paris, em 1983, um sonho me acompanha: subir na Torre Eiffel e passear de barco pelo Rio Sena.
Viemos no final do inverno, início da primavera, época de muita chuva, fria e constante, além do vento, não muito convenientes para um passeio no rio. Por outro lado, devido à baixa estação turística, a maior parte dos monumentos estava em obras, a torre entre eles. Tive que me contentar em passar por baixo daquela estrutura imensa rodeada de tapumes. Ficou aquele travo de decepção...
O tempo passou, e somente após vinte e sete anos, retornei a Paris, ainda com os mesmos sonhos! Por  duas vezes nessa mesma ocasião, a oportunidade se foi e eu voltei para casa decepcionada.
Eis que o desejo de que minhas netas conhecessem Paris, acendeu novamente a esperança de aproveitar a viagem e, apesar da exiguidade do tempo, achar um jeitinho de por fim realizar o que almejava!
Mas, nada é tão fácil assim...o verão e as férias escolares encheram de gente a imensa praça que rodeia a torre e filas gigantescas serpenteavam entre as cercas de ferro colocadas para conter a multidão. Não havia um tempo estimado para se alcançar a entrada do elevador. Tínhamos agendado o show do Lido para 9:30 da noite e a tarde já ía longe! 
Àquelas alturas eu já tinha desistido de enfrentar aquilo tudo e via fugir entre os dedos mais uma oprtunidade de realizar meu sonho...Minha irmã, sabendo disso, fincou pé e disse "é hoje, ou nunca", minhas netas deram força e qual não foi minha surpresa, em mais ou menos 45 minutos, estávamos diante da porta do elevador!  A porta se abriu, e a enorme cabine engoliu aquele monte de gente e começou a subir. Meu coração parecia cabritinho novo de tanto que saltava! É muito difícil descrever tudo que sentí naquele momento, só sei que o nó na garganta não me deixava engolir e, quando finalmente chegamos ao segundo piso, quase me faltou o fôlego:  a visão daquela cidade espalhada até confundir-se com o horizonte, me levou às lágrimas e eu deixei-as correr, sem freio nem pejo! Pr'a que esconder a felicidade???!!!

Impressões

Ashford, Inglaterra, sábado, bem cedinho. Céu escuro, carregado, chuvinha miúda, com cara de quem veio para ficar... Tudo bem, logo estaríamos na França, com um pouco de sorte, o tempo estaría melhor do outro lado do túnel, e estava! Embora meio nublado, o céu mais claro e um leve mormaço, prenunciavam um agradável dia de verão.
Parece incrível como até algum tempo atrás, para visitar o continente, só avião ou a travessia do Canal da Mancha, sujeita ao humor do Atlântico, nem sempre de bem com o fígado...
Incrível também a diferença na paisagem, das infindáveis colchas de retalhos, em todos os tons de verde, salpicados de amarelo e azul das diversas culturas na Inglaterra, o que vemos nos campos da França, são vastos tapetes cor de ouro-velho dos trigais, prontos para a colheita, é lindo!!!
Depois de uma excelente viagem, desembarcamos na Gare du Nord, centro de Paris! Ao longe, no alto de Montmartre, Sacré-Couer se destacava com suas torres e domos branquinhos! Logo pegamos um ônbus do city tour e em em poucos minutos, maravilhas desfilaram diante dos nossos olhos. Do alto do segundo piso aberto em cima, minhas netas fotografavam freneticamente: La Madeleine, L'Opéra, Les Invalides, Arco do Triunfo, Place de La Concorde, Notre Dame, onde descemos por alguns minutos e, last but not least, ELA, A TORRE EIFFEL, onde, por fim, deixamos o ônibus. De vez em quando, um chuvisqueiro, nada que atrapalhasse muito. Caminhando, mochilas nas costas, chegamos ao nosso hotel, estrategicamente localizado a um quarteirão da torre...Acho que foi o tour mais rápido já feito e, embora hovesse muito mais para ser visto, foi o melhor que pudemos fazer num tempo tão curto! Ainda tem mais...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Será desta vez?!

E vamos nós, mais uma vez, rumo à Paris, agora levando minhas duas netas, Tamara e Isabela, numa comemoração antecipada dos dezoito e vinte-e-um anos a serem completados em setembro próximo e janeiro de 2011, respectivamente.
Para isto, este fim-de-semana será bem movimentado devido à exiguidade do tempo.
Hoje à tarde, iremos para Ashford, de onde parte o EuroStar e, amanhã, após pouco mais de duas horas de viagem, chegaremos ao centro de Paris. E aí começará a maratona!
Usando os ônibus de city tour, mochila nas costas, e a caminho do hotel, faremos a visita aos principais pontos turísticos; deixaremos a tralha no quarto, e como o dito é embaixo da Torre, tentaremos visitá-la, explico: verão, férias escolares, filas quilométricas, preciso dizer mais?
Almoço, outro ônibus, city tour pelos pontos que ficaram faltando, regresso ao hotel para nos prepararmos para ir ao show do Lido!!!
No domingo, um passeio pelo Sena no Bateau Mouche, quase não acredito, mas vai depender do horário disponível e do tamanho das filas pois às duas da tarde deveremos estar na Gare du Nord para começar a viagem de volta...
Para as minhas netas, tudo será novidade e essa viagem é delas. Acho que será algo para ser lembrado a vida toda. Se, no meio disso tudo eu conseguir realizar meu sonho há tanto tempo acalentado, ma-ra-vi-lha!!!

domingo, 18 de julho de 2010

O Brasil na Inglaterra

O Brasil está presente este ano no Festival de Verão, em Southbank, Londres. Vários eventos artísticos e culturais estão acontecendo alí desde o início de julho e se estenderão até setembro. Shows de música, exposições as mais diversas, se distribuem pelos vários auditórios e teatros da localidade, com grande afluência de público. 
É maravilhoso ver como as pessoas reagem à menor menção do Brasil: invariavelmente um largo sorriso se abre e manifestam o desejo de conhecer o nosso país, o que me enche de orgulho!
Semana passada, fomos ao Queen Elizabeth Hall assistir o show da Mart'nália, que loucura! Com seu grupo de instrumentistas e ritmistas muito bem entrosados, ela incendiou um público de quase 1000 pessoas que cantaram e sambaram com ela por cerca de 1 hora e meia! A maioria era de brasileiros, mas havia muitos estrangeiros e um inglês comentou com minha irmã que embora não conhecesse a cantora, gostava muito do Brasil e que não conseguiu ficar parado, e mostrou isso sambando desajeitadamente bem na nossa frente.
Um arquiteto brasileiro, junto com um grupo de jovens de uma área menos favorecida do Rio de Janeiro e de Londres, montou ao ar-livre, uma miniatura de favela com tijolos vazados, pintados com cores vivas e dispostos sobre montes de areia à guisa de morros, fazendo um interessante paralelo entre as duas cidades. Quando estive lá anteontem, véspera da abertura da exposição chamada "Morrinho", embora não estivesse tudo pronto, muita gente parou para apreciar o trabalho que ficará exposto até setembro. Pretendo voltar em duas semanas para vê-lo terminado.
É o Brasil mostrando que não é só futebol!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Programa de inglês

Existem coisas e lugares aqui na Inglaterra que são para turista, seja ele de onde for e eu me incluo nesta lista, entretanto, outras, são tipicamente inglesas: Cricket, Ascot, Hampton Court Palace Flower Show e os Days Out.
Para estes últimos, parques espalhados por toda cidade ou nas colinas, propiciam longas caminhadas ao ar-livre, ou usando bicicleta, com direito a pic-nic, na grama ou em áreas específicas para tal, com mesas e bancos, um café ou loja de conveniência para quem prefere não trazer farnel, banheiros públicos e lixeiras para que tudo fique bem limpinho. Mesmo sem carro, pode-se ir a lugares mais distantes pois o serviço de trens e ônibus é bastante eficiente e o estacionamento um bocado caro...Às vezes o vento atrapalha um pouco e o tempo muda de uma hora para outra, mas é uma delícia! 
Hampton Court Palace Flower Show é uma instituição: até a Raínha comparece! Trata-se da maior exposição de flores da Inglaterra cuja população se considera "jardineiro por excelência", e é fato!
Quinta-feira passada, andei por cerca de cinco horas e não consegui ver tudo pois a exposição se espalha pelos imensos parques do Palácio, numa profusão indescrítível de cores e perfumes, seja em galpões enormes, com vasos repletos de rosas, lírios, begônias e o que mais possa haver em matéria de flor, ou em jardins projetados por designers. É um evento ao qual comparece grande parte da população inglesa. Em pontos turísticos se escuta falar outras línguas. Neste, especificamente, acho que somente eu falava português...

Praga

Enquanto estava em Lisboa, entrei em contato com Isabelle, uma amiga francesa, e resolvemos nos encontrar em Praga, na semana seguinte ao regresso da Lena ao Brasil.
Descansar, pra que?
No dia 23 de junho e, dessa vez sozinha, embarquei para Praga onde cheguei em pouco mais de duas horas. Minha primeira vez em um país cuja língua eu desconhecia completamente, pior, quase ninguém fala inglês, ou outro idioma qualquer, PÂNICO, e se eu desencontrasse da Isabel?
Felizmente deu tudo certo e passamos cinco dias numa das cidades mais bonitas que tive oportunidade de conhecer!
Durante o dia, eu ficava por minha conta pois Isabel, que vende programas de computador para empresas, estava lá para trabalhar e se trancava no quarto do hotel, só nos encotrávamos à noite para jantar e dar umas voltas para fazer a digestão. Com isso, tive que me virar e tratei de fazer o city tour para ter uma visão geral da cidade e um cruzeiro pelo rio Svltava. O tempo continuava maravilhoso, bastante quente mas nada comparado ao calor do Rio de Janeiro, tudo bem, o verão ainda estava no começo. A cidade parece feita com aqueles bloquinhos do Pequeno Construtor. Dá gosto passear pela margem do rio, vendo o movimento dos barcos, dos cisnes e marrecos, pela primeira vez vi um bando de cisnes em pleno vôo! Na Ponte Charles que liga as duas margens do rio e leva à parte histórica da cidade, o vai-e-vem de pessoas é intenso, há música por todo lado, artesãos exibem e vendem seu trabalho, é uma festa para os olhos! E as igrejas? Acho que há mais do que em Salvador! Para qualquer lugar que se olhe, torres ponteagudas apontam para o céu e mais, encontrei a igreja dedicada ao Menino Jesus de Praga de quem sou devota. Fiquei horas admirando a beleza do interior, sentindo a paz que a singeleza da pequena imagem transmite, visitei o museu que abriga as vestimentas que Lhe são ofertadas por fiéis dos mais distantes cantos do mundo. A emoção me levou às lágrimas, aliviei meu coração e rezei muito pelos que me são caros.
Um lugar onde certamente voltarei! 

Lisboa

De volta à Inglaterra, minha irmã tinha que trabalhar, Vania voltaria ao Brasil em alguns dias, então Lena e eu decidimos ir à Lisboa, continuando aquele projeto meu de usar a pista toda, aliás, sábio conelho de uma grande amiga! 
Lena já estivera em Lisboa outras vezes, portanto, ficamos num hotel que ela conhecia, muito bom, porém devido às obras de modernização da cidade, um pouco distante do centro. Com isso, saíamos pela manhã em excursões compradas no próprio hotel.
Fizemos o city tour e Lisboa foi uma grata surpresa para mim que esperava, sabe Deus porquê, uma cidade com ares de província. Ao contrário, é muito bonita, moderna, com ruas largas e arborizadas. Os jacarandás em flor, formavam verdadeiros corredores perfumados, lindo! O tempo ajudou, embora amanhecesse nublado, logo o sol queimava as núvens e o céu ficava muito azul.
Visitamos os mosteiros de Alcobaça e Batalha, a Torre de Belém, a Praça do Comércio e fomos a Belém, Nazaré e Fátima que nos emocionou pela beleza da basílica, a doçura da imagem de Nossa Senhora e a fé da multidão!
No outro dia, fomos a  Sintra, Cascais e Estoril. 
Comemos bacalhau até sair pelas orelhas, bolinhos, postas, desfiado, tudo regado com o bom azeite portguês. De sobremesa, os famosos doces de gemas, toucinho do céu, travesseiro e os incomparáveis pastéis de Belém que são servidos quentinhos, recém saídos do forno e derretem na boca!
Ficamos por lá uma semana,fizemos um passeio pelo Tejo, gosto de ver as cidades por um ângulo diferente, e no último dia decidimos fazer algo por conta própria. Depois de visitar o Castelo de São Jorge, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade, pegamos um bondinho semelhante ao de Santa Tereza que nos levou, num sobe-e-desce de montanha-russa e por ruas muito estreitas, aos bairros de Alfama e Mouraria. AMEI!

Aconteceu, DE NOVO!

Não tínhamos café-da-manhã incluído em nossa diária de hotel. Era mais barato comer em uma das muitas confeitarias ou cafés da redondeza, infelizmente, àquela hora, lotados de gente apressada saindo para trabalhar. Estamos de férias mas é preciso levantar cedo para aproveitar bem o dia. 
A escolha é grande entre croissants, baguettes, queijo, presunto, geléia e outras delícias além de café, chá ou chocolate. Meu francês, meio embolarado, me permite apontar o que quero, e olhe lá...garçonette impaciente, não ajuda muito...Tudo bem, "não estou reclamando, só comentando"...
Bandeja cheia, fomos para o fundo da confeitaria. Um pardal, pelo jeito habitué da casa, pousou na beira da mesa e começou a comer as migalhas que caíam. Fiquei encantada com a confiança do bichinho e tentei tirar uma foto mas o movimento o assustou e ele voou de repente, assustando também quem me acompanhava e não era muito chegada a essas "intimidades". Resultado, parte do café que ainda estava na xícara, foi parar na bolsa da francesa de nariz torcido, sentada no longo sofá atrás da mesa que servia de assento comum às demais. O nariz ficou ainda mais torcido porque ríamos a bandeiras despregadas, é claro!
Pedimos desculpas pelo inconveniente e tratamos de sair dalí, antes que a coisa complicasse. 

Quando o imprevisto acontece...

Paris. Restaurante italiano.
Prato de pasta fumegante à nossa frente.
Bebidas servidas. Brinde!
Silêncio condizente com o apetite.
Queijo ralado. Quem quer queijo?
O recipiente passa de mão em mão.
Súbito, suspense...Um leve toque, um olhar mais eloquente do que as palavras...
Atenção! Uma montanha de queijo ralado ocupa um prato!
Olhos arregalados, fôlego retido e de repente, o riso explode sem controle!
Apanhada de surpresa por um vidro mal-fechado, Lena tem seu prato coberto por uma espessa camada de queijo!!!
O prato foi trocado, meio que a contragosto, pelo maître.
Mais tarde, foi difícil conciliar o sono.
De vez em quando, uma risadinha sufocada ou mesmo uma gargalhada escancarada traziam a lembrança daquele momento.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ainda não foi desta vez...

Finalmente!
Paris, outra vez! Estive aqui em 1983, outro tempo, outro momento, muita coisa ficou por fazer. Final de inverno, chuvinha morrinhenta, grande parte dos monumentos em obras de conservação, resultado, não consegui subir na Torre Eiffel, nem passear no Bateau Mouche.
"Agora será diferente!" disse para mim mesma. E foi.
Passamos uma noite em Ashford, ainda na Inglaterra, para podermos pegar o EuroStar no primeiro horário e que nos deixaria no centro de Paris. Com isso, saímos sem café-da-manhã e o hotel ficava mais longe da estação do que imaginávamos. Tudo bem, ainda deu tempo para um desjejum, já no terminal. Tínhamos lugares marcados então não houve problema. Em pouco mais de duas horas, estávamos no centro da Cidade-Luz! 
Passamos três dias em Paris, depois, um pequeno intervalo para irmos a Strasbourg onde também ficamos três dias, aproveitando para visitar algumas cidades da Alsácia e ainda Freiburg e Offenberg na Alemanha, e por fim, voltamos para mais dois dias em Paris. Fizemos de tudo, fomos ao Museu Rodin, ao Louvre, só por fora, Notre-Dame, Sacré-Coeur, Montmartre, visitamos a casa e os jardins de Monet em Giverny. Na volta, tem sempre aquele enguiço de controle de fronteira que é necessário mas, demorado! E aí, tivemos correria para pegar o EuroStar pois tudo aquilo que se programa antecipadamente, principalmente conexões, funciona no papel, na hora do prá valer, haja perna!
Na palataforma, o trem já esperava. Meu Deus, era imenso e tínhamos que andar muito para alcançar o nosso vagão e o tempo se esgotando. Toma de correr, puxando mala, mochila nas costas, enfim, coisa que gente jovem, tira de letra mas não um bando de coroas, principalmente quando alguém não está exatamente em forma...Falo por mim!
Conseguimos! Desabamos nos bancos e eu peguei no sono.
Pequeno detalhe: Adivinha se eu consegui ir na Torre ou passear no Sena?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"E, vamos nós!!!"

Uma viagem começa no momento em que se pensa nela, consulta-se o orçamento, planeja-se o itinerário, a compra das passagens, e tudo o mais para desfrutar o lazer sem maiores preocupações. Geralmente viajo sozinha mas desta vez, tería a companhia de duas amigas o que tornava a coisa bem mais interessante, gosto de ter com quem conversar, trocar idéias. Depois de muito pensar, decidimos partir da casa da minha irmã para outras paragens, mas nada acontece sem alguma ansiedade, né? Dessa vez, além da inerente à situação, duas outras ontribuiram para aumentá-la: o súbito acesso de tosse do vulcão islandês, de nome impronunciável, que levou à loucura quem já estava viajando ou mesmo tentando voltar pra casa e mais ainda quem estava com embarque marcado já que o seguro obrigatório não cobre fenômenos naturais, aí, para piorar, a companhia aérea que nos levaria a Londres, avisou que entraria em greve exatamente na véspera do nosso embarque! PÂNICO!!! Que fazer, cancelar tudo, transferir para outro dia? Havia entretanto outras implicações, férias marcadas, hotéis e passagens reservados com antecedência para aproveitar os preços mais camaradas da baixa estação, tudo isso nos deixou bastante apreensivas. Finalmente, a fumaça do vulcão baixou permitindo a abertura dos aeroportos e a greve, embora em andamento, não chegou a nos prejudicar, conseguimos embarcar no dia marcado!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"Usando a pista toda"

Desde 2001 tenho viajado para a Europa quase todos os anos. Como minha irmã reside na Inglaterra há muito tempo, não tenho problemas com acomodação que, no final das contas, é o que mais pesa numa viagem, fico na casa dela, ususfruo da companhia, paparico os netos dela e de quebra, tenho onde descansar os ossos. Passagem, a gente financia e depois se vira para pagar, porém hotel e comida, tem que ser "na bucha" e aí, o bicho pega. Embora nossa moeda esteja mais forte, a diferença para a libra esterlina e o euro, ainda é grande, o jeito então é não pensar muito e mergulhar fundo. Este ano, entretanto, decidí fazer diferente, aproveitar a estada e visitar também outros países já que as distâncias são menores e as passagens menos salgadas. Além disso, já conheço grande parte das cidades próximas de Brighton onde minha irmã reside. O serviço de trens é bastante eficiente e, é possível chegar a lugares lindos rapidamente e com tempo suficiente para visitar castelos, jardins maravilhosos e ainda fazer pic-nic sentada na grama verdinha, com esquilos e coelhinhos espiando de longe, tirar um cochilo sem correr o risco de acordar sem seus pertences e curtir o por-do-sol que só acontece bem tarde, pois é verão! Estão com água na boca? Aguardem a próxima postagem!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que escrever?

Há dias não acrescento uma postagem ao meu blog. Estranho, comecei muito animada, cheia de idéias, de repente, a fonte secou...não por falta de assunto ou de vontade de escrever, coisa que eu adoro, simplesmente não sei o que aconteceu. 
Ontem, minha neta sugeriu que eu comentasse sobre o tema "O que escrever?".
Isso me traz de volta o começar/recomeçar, sempre difícil. Venho discorrendo sobre assuntos que me são caros, minhas experiências ao longo da vida, meus sonhos e a expectativa de realizá-los.
Sinto uma certa urgência nessa concretização, tenho muitos projetos ainda e às vezes isso gera uma ansiedade em relação ao tempo que passa muito depressa trazendo as limitações inerentes ao mesmo.
Uma grande viagem marcada para o próximo dia 20 de maio mas ameaçada pelos últimos acontecimentos na Europa, naturais ou econômicos, está me tirando o sono. Afinal investi muito nessa empreitada e a perspectiva de um adiamento, é inquietante!
Espero que este seja apenas um desabafo de quem se viu numa espécie de bloqueio de expressão e prometo que o próximo post, mesmo que demore um pouco, trará de volta o tom leve e despretensioso que vem marcando minhas postagens anteriores.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Domingo sem TV

Nunca pensei que fosse tão difícil!
Habitualmente, tenho mil coisas para fazer aos domingos: caminhada no Jardim Botânico ou na Pista Claudio Coutinho, uma eventual ida à praia, cinema ou teatro e, em última instância, bater perna num shopping onde dou preferência a me enfurnar numa livraria, particularmente na seção de DVDs. Gosto mais de estar ao ar-livre, curtindo um solzinho, tendo ou não companhia.
No último domingo foi diferente. Acordei meio indisposta, um resfriado à espera de oportunidade para me derrubar, decidi então ficar em casa.
O que fazer? Arrumar gavetas? Trabalhar no meu blog? A primeira alternativa foi logo descartada. A segunda, bem mais atraente, me entreteve por algum tempo, até que a minha amiga Síndrome do Túnel do Carpo, começou a incomodar.
Parti então para outra das coisas que mais gosto: assistir televisão! Acompanho todos os CSI e LAW & ORDER da vida, embora repitam tanto alguns episódios que chega a irritar ou então recorro à minha vasta coleção de DVDs, recheada de musicais e comédias leves, nada que dê muito trabalho à massa cinzenta, tudo bem açucarado, pouco falta para escorrer melado da prateleira!
Para minha surpresa, minha tv de 32" emitiu apenas um ronco estranho ao ser ligada. Nada de imagem, nada de som propriamente dito. Ai, meus sais, claro que isso sempre acontece nos fins-de-semana quando só nos resta esperar pela segunda-feira para tomar alguma providência.  Graças a Deus, ainda está na garantia!
Para piorar, a NET resolveu fazer manutenção de equipamento exatamente naquele dia e o aparelho menor que tenho na cozinha onde fica a minha bancada de trabalho e que costumo ligar para me fazer companhia nas noites de serão, não tem entrada para DVD, não podia sequer assisir um filminho!
Felizmente,à tarde, uma amiga passou para dizer um alô e algumas horas daquele dia que parecia se eternizar, passaram num bate-papo agradável.
À noite, já meio desesperada com a perspectiva que se oferecia de horas a fio sem ter o que fazer, peguei um livro que há muito começara e lí até adormecer.
Segunda-feira, a primeira providência foi ligar para a assistência técnica que entretanto só podería me atender na semana seguinte, haja Deus! Felizmente a NET retornara a programação e havería algo para me distrair nem que fosse na tv pequena, nada contra...
Mais tarde, conversando com meu filho, ele sugeriu que algum cabo podería estar desconectado e me disse para desligar e ligar outra vez cada um deles. Dito-e-feito! Tá funcionando que é uma beleza!
Só então me dei conta do quanto estou dependente da televisão!

sábado, 10 de abril de 2010

A quem possa interessar

Main Control System é um site maravilhoso de assistência remota no qual, através de um código passado para um assistente, o mesmo pode movimentar o mouse por você, propiciando uma ajuda mais efetiva do que uma explicação detalhada que às vezes confunde pessoas como eu, com pouco conhecimento de informática.
Meu assistente é meu filho a quem peço socorro sempre que me vejo atrapalhada, ou seja, um dia sim, e no outro também. ;-D
Eis o site para quem precisar de ajuda: http://www.maincontrol.com.br 
Funciona!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mais um!

Incrível! Mal me recuperei do último tropeço, lá fui eu ao chão novamente, talvez até para "baixar minha crista"!
Crente que estava abafando, me meti a ensinar para uma amiga, por telefone, como fazer para abrir um anexo que continha uma planilha com detalhes sobre uma viagem que estamos em vias de realizar.
Enchi o peito, impostei a voz e, passo a passo fui mostrando o caminho a seguir ao mesmo tempo que o fazia em minha máquina.
Do alto da minha sabedoria dizia eu: "Clique no arquivo anexado, e depois em como quer abrí-lo, blá-blá-blá..." Até aí, tudo bem! 
Segui em frente. "Clique em OK e uma planilha aparecerá..." SILÊNCIO..."completamente em branco", disse eu em seguida, bem baixinho, espantadíssima pois havia feito tudo certo! Dei uma risadinha meio sem-graça, repeti toda operação e, novamente, NADA! A essas alturas ríamos as duas feito loucas, pois o que parecia impossível, acontecera!
O passo seguinte foi apelar para o "Mãe-control" (vide postagem anterior), e pedir socorro ao meu filho. Milagrosamente, quando repeti toda encrenca para ele, a coisa funcionou!
O que houve? Nem ele soube explicar, talvez um desses bugs soltos no espaço cibernético, sem ter o que fazer, resolveu derrubar a audaciosa que ousara enfrentar o desconhecido.
Sabe quando uma criança está aprendendo a andar, cai e a gente diz, levanta pra cair outra vez? Pois é isso aí, se é preciso cair e tornar a levantar para aprender alguma coisa, não vou desistir mesmo que o processo seja uma sucessão de tombos, hê, hê, hê!


quarta-feira, 31 de março de 2010

Tropeços

Olha só o tamanho da besteira...ainda engatinhando na linguagem do blog e na tentativa de seguir um outro, acabei por listar-me como minha seguidora, pooode? Tá lá a minha carantonha e agora não sei como fazer para mudar isso! Realmente ainda tenho muito que aprender, o pior é que quando a gente acha que está abafando, comete um erro desses, ai, meus sais!
Como o pouco que aprendi sobre informática foi à medida da necessidade, ficaram "brancos" no meu aprendizado que o tornaram mais difícil já que um erro conduz a outro. Volta-e-meia tenho que recorrer ao Main Control, site de ajuda remota muito apropriadamente chamado "mãe control" por meu filho, a quem sempre peço socorro nas horas em que me vejo atrapalhada, e são muitas!
Tudo bem, não pretendo desistir embora isso cause um certo desapontamento como aconteceu há muito tempo quando, já num nível bastante avançado no meu curso de inglês, precisei refazer uma redação várias vezes pois, na tentativa de consertar um erro de estrutura, cometia outro e quando consegui, ouvi um sonoro "Finalmente!" da minha professora talvez pensando quanto tempo ainda seria preciso até que eu chegasse à construção correta! 
Pelo jeito a escrita continua...

terça-feira, 23 de março de 2010

Marias brasilianas

Espetáculo amador da melhor  qualidade, em cena no Teatro do Jockey por curta temporada, "Marias brasilianas a arte do fio", levou-me a um mundo totalmente novo: o das fiandeiras, bordadeiras e tecedeiras do nosso país: mulheres fortes, guerreiras, espalhadas por esse Brasil afora, trazendo no rosto as marcas de uma vida dura porém produtiva e com muita alegria! 
Em mais ou menos uma hora, os atores-bailarinos e músicos-cantores do GRUPO TEAR, cirandeiam e dançam samba de roda enquanto, ao fundo, um telão em forma de bastidor exibe cenas de um pouco dessa vida. Maravilhoso! 
Em vários momentos senti meus olhos úmidos. A simplicidade das melodias e letras que tão bem descrevem cada etapa da elaboração de um desenho retratando aquela realidade, é comovente! 
É preciso valorizar o nosso artesanato tão rico e bonito, às vezes vendido por preços que nem de perto correspondem a tanto talento e empenho!  
Ao final do espetáculo, a platéia se levanta e aplaude longamente como que juntando num só abraço, artesãs, autores, atores e músicos. IMPERDÍVEL !!!

Para saber mais , visite o site 
http://mariasbrasilianas.com.br/novo/home.htm 
Melhor ainda, vá assistir esse espetáculo maravilhoso!

sábado, 6 de março de 2010

"Sei que eu tenho, só não sei onde está!"


 

Eis uma frase, que de tão repetida, já se tornou conhecida entre os que me cercam: sei que tenho, só não sei onde está! Engraçado? Muito, porém angustiante quando se está em meio a um trabalho com prazo para ser entregue, sozinha, a bancada coberta de ferramentas, corantes, suportes, enfim uma parafernália, e você à procura de um determinado cortador ou o que seja. Por fim, sem conseguir encontrá-lo, acaba lançando mão da improvisação, o que não é de todo mau, exercita a criatividade.
O grande problema é que isso acontece com uma certa frequência. Eu até tento ser organizada: num pequeno cômodo reservado só para isto, tenho armários, organizadores transparentes, prateleiras. Cataloguei o conteúdo das gavetas, uso um antigo porta-salgadinho como bandeja-auxiliar para carregar o que preciso naquele momento, legal! 
Minha mesa de trabalho mede 1,20m, e só Deus sabe como, consigo trabalhar em apenas 15cm, explico:  numa já atravancada área, volta-e-meia preciso de algo além do previsto e que vem se juntar ao que estava na mesa, resultado, o espaço utilizável fica ocupado e eu só com uma beiradinha, e aí, começa a confusão! 
Obviamente as coisas desaparecem naquele furdunço, perco "horas" procurando e o tempo não espera: tic-tac, tic-tac, faz o relógio na parede acima da minha cabeça como que se divertindo com toda aquela trapalhada! 
Até hoje, graças a Deus, tenho conseguido cumprir os prazos, embora, algumas vezes, devo confessar, em cima do laço. 
E o que acontece depois?
Ao recolocar a tralha nos devidos lugares, o que eu encontro? O(s) objeto(s) tão ansiosamente procurados literalmente olhando para mim! Meu filho costuma dizer que na ânsia de encontrarmos as coisas, passamos a mão por cima e não as vemos e é verdade!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Como postar um comentário?

Quando penso que estou começando a me entender com a dinâmica blogueira, aparece outra dificuldade, e não é só comigo que isto acontece: enviei para a minha lista de contatos um convite para que visitassem o blog e, para minha surpresa, a resposta quase unânime veio através do e-mail! Algumas pessoas alegam pouca familiaridade com o processo, outras, como eu, não entendem o que quer dizer URL, PERFIL, enfim, toda linguagem usada para se postar um comentário.Tentei responder e acabei enviando-o para mim mesma!!!  Comentei em outros blogs e nada apareceu! Que estarei fazendo de errado?
O Forum de Ajuda é de grande utilidade mas parte do princípio que você sabe alguma coisa, acontece que muitas vezes não consigo identificar o problema e aí fica difícil, né?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Conhecendo o Rio de Janeiro


Há dois anos, hospedei em minha casa uma amiga inglesa, recem chegada de uma excursão de quatro meses pela América Latina, que terminou no Rio de Janeiro e incluia no pacote o city tour visitando os principais pontos turísticos: Corcovado, Pão-de Açúcar, Copacabana.
E aí, onde levá-la?
"Acionei" meus filhos, um deles nos levou para visitar a Catedral Metropolitana, a Igreja Santa Cruz dos Militares, a Igreja da Candelária, apresentou-a ao caldo de cana e ao pastel.
Eu conhecia todas essas igrejas mas não como "turista", engraçado, a gente vê com outros olhos, sem a iluminação e ornamentação usadas nas cerimônias, presta-se mais atenção nos detalhes de arquitetura, nas imagens. Dalí fomos ver a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas-Artes e outros pontos pelos quais a gente passa quase todos os dias sem dar maior atenção, que lástima!
Meu filho mais novo e minha nora, nos levaram à uma roda de samba na Pedra do Sal cuja existência, eu, carioca da gema, ignorava! Trata-se do local no bairro da Saúde, para onde eram levados os escravos ao chegarem no Rio de Janeiro, por ser muito próximo do Cais do Porto. Alí, atualmente, se reúne a nata do samba-de- raiz, além de novos compositores/sambistas que levam a letra de suas músicas impressa e que é depois distribuída entre os presentes. Violões, cavaquinho e pandeiro fazem o acompanhamento da melodia, o compositor canta e a platéia tenta seguir, meio que murmurando e depois com bastante entusiasmo, um possível sucesso. Um pequeno bar vende a bebida e caldinho-de-feijão. Muita animação, programa inédito também para mim e que minha amiga curtiu muito!
Entretanto, isso cobriu apenas dois ou três dias das quatro semanas restantes! 
Recorri então ao livrinho da Riotur que foi de grande ajuda. Através dos telefones fornecidos, marquei várias visitas com guia falando inglês, e foi uma surpresa atrás da outra: Santa Teresa,  fomos de bondinho,  visitamos o Museu do Bonde e depois caminhamos até o alto para ver o Parque das Ruínas de onde se descortina uma das mais belas vistas da cidade, entardecia e tudo parecia envolto numa luz dourada! Caraca! Eu não conhecia nada daquilo!
E os passeios se sucederam: visita guiada ao Theatro Municipal, de cujo palco pudemos ter uma noção do que o artista vivencia; tour de escuna pela Baía de Guanabara; Ilha Fiscal. Como é que a gente nasce e vive numa cidade e não a conhece como devia? Fica-se sempre deixando para depois, está alí, à disposição, "outro dia eu vou..." Aconteceu comigo!
O fecho de ouro foi um lanche na Confeitaria Colombo, cuja foto ela vira num livro e se encantara com a decoração e, de tal forma, que tivemos que repetir a dose! Outro motivo de encantamento foi a visão da imensa pilha de cocos, descarregada no Calçadão, à espera de serem encaminhados para os diversos quiosques, bem cedinho:  por causa da pele dela, muito branca, íamos à praia nas primeiras horas da manhã, coisa aliás bastante saudável!
Quando minha amiga deixou o Rio de Janeiro, levou consigo uma imagem diferente da Cidade e ficou em mim um desejo muito grande de conhecer melhor o lugar onde nasci!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Meu trabalho

Não sei como, um dia descobri que tinha habilidades antes desconhecidas, vide comentário sobre as aulas de trabalhos manuais no tempo de estudante... 
Filhos na escola, tempo livre sobrando, comecei pintando camisetas, porcelana, painéis infantís, para presentear no Natal e verifiquei que não era tão desajeitada como pensava, mas ainda não tinha encontrado o que satisfizesse plenamente o pendor artístico recém descoberto, e o tempo foi passando...  
Sempre gostei de fazer bolos decorados para as festinhas de aniversário dos meus filhos e da família, tirando idéias das revistas especializadas, na época muito poucas, até que ví na televisão, num programa de apenas alguns minutos, uma jovem senhora argentina que ensinava como fazer bolos, e, mais ainda, como modelar pequenas figuras e confeccionar lindas flores em pasta de açúcar para decorá-los, pronto, eu estava fisgada!Tinha encontrado o que realmente queria fazer: decoração de bolos!  
No princípio, gravava os programas, comprava as revistas que estavam começando a aparecer, mas o que parecia tão fácil na tv, fez-me passar por momentos de puro desespero e pensei em desistir, jogar tudo para o alto: "não tenho jeito para isto", dizia eu. 
Entretanto, a vida nos prepara surpresas e, de repente, me ví na situação de precisar lançar mão do pouco conhecimento que tinha. Comecei a frequentar locais que exibiam essa arte maravilhosa e também cursos especializados e graças aos excelentes professores, no Brasil e, mais tarde, no exterior, hoje posso dizer que alcancei meu objetivo: dedicar-me quase exclusivamente à confecção de flores em pasta de açúcar.

E é um pouco do meu trabalho que gostaria de mostrar neste espaço.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Viajando...

Puxa! Finalmente lembrei como se faz uma nova postagem! Ótimo pois tenho"mil" coisas para contar. Como disse anteriormente, viajar tornou-se o meu passatempo predileto e dessa vez, resolvi aventurar: Patagônia!!! Longe, né? "Fim-do Mundo" é como se intitula, tá carimbado no meu passaporte! Já vinha há longo tempo acalentando esse sonho mas não conseguia companhia, não que eu necessite, porém gosto de ter alguém com quem trocar idéias. Infelizmente isso não foi possível e, então decidi ir sozinha, já estou acostumada, porém sempre viajo para lugares onde alguém me espera na outra ponta, dessa vez, estaría por minha conta, cá para nós, bateu um certo receio que guardei para mim, mas as duas noites que antecederam o embarque, passei-as quase em claro...A experiência valeu, agora, ninguém me segura! Dia 1º de fevereiro, embarquei rumo a uma terra que é pura magia, só o fato de sobrevoar a Cordilheira dos Andes que eu só conhecia no mapa e ver, lá de cima, o Lago Argentino, azul, azul, parecendo uma água-marinha pois as águas são cristalinas, já foi uma emoção sem precedentes que me trouxe lágrimas aos olhos! 

E os dias que se seguiram foram simplesmente maravilhosos, tanta coisa nova, diferente mesmo de outros lugares por onde andei. Em El Calafate, a primeira cidade em que fiquei depois de passar a noite em Buenos Aires, visitamos o Parque Nacional, aninhado no colo da Cordilheira, e também chegamos, de barco, bem pertinho do Glaciar Perito Moreno onde pudemos ver o espetáculo da queda de blocos de gelo na água fazendo grande ruído e provocando marolas na superfície. Que frio, gente: 3-4°C!

De El Calafate fomos para Ushuaia, bem próximo da Antártida, consta que somente 1000km em linha reta os separam do Pólo! Curiosamente a temperatura estava um pouco mais alta, 8°C, mas caiu drasticamente quando viajamos para as montanhas para conhecer o Lago Escondido e o Lago Fagnano, 1°C, e estávamos a somente 450m acima do nível do mar!!!! E chovia... O vento gelado e cortante chegava a nos empurrar!

A melhor parte foi o passeio de catamarã, para visitar as ilhas no Canal de Beagle onde se encontram os cormorões reais, aves enormes, algumas vezes confundidos com pinguíns pois são muito parecidos com eles, os lobos-marinhos, sempre brigando e rosnando e por fim, os adoráveis pinguíns: alguns estavam dentro d'água quando o barco se aproximou, muitos saíram correndo, parecendo homenzinhos de casaca, outros mergulharam nas ondas que se formaram e ainda houve os que ficaram fazendo pose!!! Hilário!!!



Muito frio mas valeu a pena! No dia seguinte, embarcamos de volta a Buenos Aires onde ainda encontrei fôlego para ir naquela noite mesmo a um show de tango excelente e, na manhã seguinte, passear no Parque Palermo, poucas horas antes de embarcar de volta ao Brasil! Foram dias inesquecíveis, tirei fotos incríveis e ainda tería mais coisa prá contar não fôsse o medo de cansar os possíveis leitores.